Os dias são grandes. As noites quentes a convidarem a sair de casa. As cidades e vilas promovem as suas festas anuais e o cheiro a férias começa a invadir os espíritos, mesmo para aqueles que o prazer de viver uns dias sem horas e sem obrigações laborais seja quase uma miragem, ou uma memória de outros tempos. De Torres Novas a Abrantes, passando por Barquinha e Constância há festas e comemorações históricas. Mação vive a sua Feira Mostra e num registo um pouco diferente Vila de Rei vai vibrar com o seu Rock na Vila. Isto para não esquecer as festas dos Santos Populares, com manjericos e sardinha assada, bem salgadinha, comida em cima de fatias de pão grosseiro ou broa, regadas com alguma bebida alcoólicas. Não sei se os dietistas gostam da ementa, mas lá que é bom é. Como tenho muito males, mas não entro em modas rapidamente, deixai-nos comer e saborear a nossa boa cozinha, sem termos a espada a pender sobre a cabeça ameaçando que devemos comer sei lá o quê , vindo sei lá donde. Tenho outra prática, como e bebo tudo, mas nunca mais do que necessito e defendo que as pessoas, por norma, comem muito mais do que necessitam. E isso faz mal... até a água faz mal se é em excesso. Voltemos às festas. às recriações históricas e já agora ao festival gastronómico do caracol em Alcanena. Bom pitéu, para quem gosta, obviamente. Durante uns dias deixe a televisão, os concursos e as telenovelas a falaram sozinhas.... Deixe os telemóveis e objectos afins e vá para a rua ouvir e falar directamente com as pessoas reais, não virtuais. Divirta-se e mostre que gosta do sítio onde vive, ou escolheu para viver.