Home »
01 MAR 2017
Eutanásia? Não, obrigado
Por Jornal Abarca

Nos últimos tempos, uma das preocupações dos nossos representantes e “empregados” na Assembleia da República foi a eutanásia. Na minha opinião, um problema menor para a almejada felicidade dos Portugueses.

A quantas pessoas se coloca o problema de desejar a morte imediata e quais as causas do seu desespero? Em relação ao número de doentes, serão muito poucas e pouquíssimas se não contarmos com as pessoas que resolvem o problema suicidando-se.

O sofrimento espiritual é sempre uma questão individual, muitas vezes uma forma de egoísmo e é, normalmente, atenuado pelo passar do tempo e por acompanhamento psicológico adequado; o sofrimento físico pode, hoje em dia, ser combatido com relativa eficácia por diversos meios e, embora raros, tem havido casos de remissão de doenças consideradas terminais e incuráveis, classificados como “milagres”. Assim, justificar a antecipação da morte por decreto, abrindo a porta a abusos, erros e até crimes, não me parece bom senso.

Muito mais lógico e abrangente me pareceria o empenho político focado, não na morte mas na VIDA. Há tanta coisa para fazer e por fazer que é um dó de alma não se estudar a resolução dos problemas que afectam a nossa saúde e portanto a nossa qualidade de vida. (Não esquecendo os benefícios astronómicos que desse empenho poderiam resultar).

O maior problema a resolver é a nossa enorme ignorância sobre o funcionamento do nosso corpo e as causas das doenças que nos tiram a alegria de viver. Relacionados com este evidente desconhecimento, estão o alheamento e a irresponsabilidade dos doente no seu processo de cura e a “ditadura” da opinião dos nossos clínicos.

O panorama está a mudar com o fácil acesso ao universo cultural da internet, mas com os evidentes perigos, de mau uso dessa informação por doentes com fraca instrução e de eventuais conflitos de opinião entre os doentes e o seu médico.

As escolas primárias e secundárias e as faculdades de Medicina precisam urgentemente de rever os seus programas, de maneira a tornarem-nos mais permeáveis às descobertas que têm acontecido nos últimos 60 anos em todo o mundo e não só no chamado mundo ocidental. Em certos aspectos, estamos mais atrasados do que a China e a Índia, cujas escolas de Medicina começaram milhares de anos antes das europeias.

Outro problema e grave é a dependência em que nos encontramos dos fabricantes de remédios, mais interessados em ganhar dinheiro do que em curar doentes e por isso capazes de os sacrificar aos seus lucros. Ainda há pouco tempo isso aconteceu com remédios aconselhados para tratamento de cancros. Toda a gente vociferou contra a ganância dos laboratórios farmacêuticos, mas ninguém se atreveu a pôr em causa a eficácia dos remédios que deixaram, ou vão deixar, de ser fabricados. Na verdade, estes remédios não curam, tratam, entretêm, prolongam a vida, muitas vezes com enorme sofrimento. Ora, há actualmente uma corrente médica, estou a falar do mundo ocidental, que se insurge contra estas terapias oficiais e advoga o tratamento das doenças crónicas feito por uma alimentação mais natural, mais exercício físico e uma vida com menos ansiedade.

Acredito que têm razão.

(0) Comentários
Escrever um Comentário
Nome (*)

Email (*) (não será divulgado)

Website

Comentário

Verificação
Autorizo que este comentário seja publicado



Comentários

PUB
crónicas remando
PUB
CONSULTAS ONLINE
Interessa-se pela política local?
Sim
Não
© 2011 Jornal Abarca , todos os direitos reservados | Mapa do site | Quem Somos | Estatuto Editorial | Editora | Ficha Técnica | Desenvolvimento e Design