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01 MAI 2017
À boleia de Susana Estriga...
Por Jornal Abarca

Li, no Jornal de Abrantes deste mês de Abril, o “Perfil” assumido pela jovem veterana atleta tramagalense Susana Estriga e reparei que três dos seus pontos coincidiam com desejos meus, tão velhos que já eram meus sonhos antes da Susana ter nascido..: O aproveitamento do Tejo, no sítio da “Barca” como local de distração e repouso, a restauração da pista de atletismo e dos espaços adjacentes e, não podia faltar..., a PONTE !

Comecemos pela ponte, ou antes, pelas curvas de Tramagal, porque são as dezenas de curvas que temos que fazer entre Tramagal e Abrantes que devem ter feito nascer a ideia da Ponte de Tramagal. Durante muitos anos foram uma espécie de cartaz turístico. Antes das auto-estradas, quem fazia o percurso Beira-Baixa /Região de Lisboa, tinha que as amaldiçoar (mas ficava a saber onde era a terra onde se fabricavam os lagares e as charruas...).

Se as curvas fossem eliminadas ainda se justificaria a construção da ponte?

Vamos admitir que a meia dúzia de viadutos que seria preciso construir para encurtar para metade o trajecto Tramagal/Abrantes ficava a um preço exorbitante. Não será possível construir uma passagem sobre o riacho em que se transformou o Tejo, “provisória”, baratinha, em módulos de cimento pre-fabricados em Tramagal? Ou outra solução “provisória/definitiva” a encomendar aos engenheiros-ponteneiros do Exército?

O que é que a Mitsubichi-Tramagal pensa sobre o assunto?

Esperemos pela campanha das eleições autárquicas para ficarmos a saber o ponto da situação! Não vai falhar...

Quanto à pista de atletismo e terrenos adjacentes.

Sejamos sinceros, o problema maior a resolver nem sequer é o abandono a que foram votados mas sim a pouca motivação que a juventude tem para a prática desportiva, com uma ligeira ressalva para o futebol, viciada como está nos telemóveis, playstations, smartphones, pc’s e tablets...

 Aqui fica um apelo à velha guarda dos atletas tramagalenses (e já agora à Susana Estriga...) para conversarem entre si e com os dirigentes do TSU no sentido de incentivarem os rapazes e raparigas a mexerem-se mais, para evitarem tornar-se numa geração de cegos, surdos e gordos...

Depois, será preciso descobrir a maneira de garantir um professor para as “modalidades” como agora se chama a tudo o que não é futebol...

E procurar apoios para se construir uma recta de tartan que possibilite os 110m barreiras, melhorar o piso do resto da pista, os corredores para o salto em comprimento e triplo salto e os sectores de salto em altura e lançamento do peso.

Por fim, o pic-nic à beira do Tejo.

Em 1939, o Tejo ainda era um rio onde navegavam, entre Lisboa e o Rossio de Abrantes, barcos à vela que transportavam toneladas de mercadorias. A água podia já não ser muito cristalina, mas podíamos afoitamente dar uns mergulhos refrescantes. Isso acabou com a construção das barragens e a poluição, mas mesmo assim, ainda há um ambiente de calma, de silêncio, nas suas margens que convida a um passeio e descanso para retemperar forças. Nem custará fortuna nenhuma transformar a “Barca” num local acolhedor.

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