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01 JUN 2017
Regresso ao passado... por boas razões
Por Jornal Abarca

Depois de algumas épocas em que o modelo do Campeonato de Portugal se manteve estanque, com apenas algumas modificações de pormenor ou por maior, conforme o entendimento de cada um, como foi exemplo o verificado na presente época com a redução para 25% dos pontos acumulados na primeira fase, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já tornou públicas as alterações que o modelo competitivo da prova irá conhecer para a próxima época. Apenas uma ressalva para dizer que aquilo que num passado recente estava na esfera deliberativa da Assembleia Geral é agora exclusivamente da responsabilidade da direcção da FPF. Falo, naturalmente, de qualquer alteração aos quadros competitivos das provas organizadas pela entidade que tutela o futebol no nosso país.

As principais alterações no modelo que irá vigorar a partir da próxima época assentam, sobretudo, no número de clubes que irão constituir cada uma das cinco séries, ou seja, 16, o que totalizará 80 clubes, num quadro competitivo de todos contra todos, a duas voltas e por pontos. A outra mudança significativa diz respeito ao número de clubes que serão despromovidos aos campeonatos distritais, tal como naqueles que ascenderão à II Liga, agora denominada Ledman LigaPro.

Assim, neste novo modelo a implementar a partir da próxima época, 2017/2018, serão relegados automaticamente para os campeonatos distritais os seis últimos classificados de cada uma das cinco séries, num total de 30 clubes, ao passo que dos campeonatos distritais vão ser promovidas 22 equipas, o que se traduz numa redução de 80 para 72, no número de clubes que irá disputar o Campeonato de Portugal na temporada 2018/2019

No que concerne ao apuramento das duas equipas que serão promovidas ao segundo escalão do futebol nacional no final da próxima época, as mesmas serão encontradas através de um sistema de eliminatórias, disputadas a duas mãos e que começa tipo quartos-de-final, em que apenas os dois clubes que logrem chegar à final garantem a subida de divisão e cujo vencedor se sagrará campeão nacional. Participarão nesta fase os primeiros classificados de cada uma das cinco séries, bem como os três clubes melhor classificados no segundo lugar de todas as séries, os quais perfazem os oito clubes que iniciarão então as etapas a eliminar.

Outra particularidade prende-se com o número de equipas das ilhas que nunca poderão exceder as seis por região autónoma. Fruto das alterações que se irão verificar, os clubes da Madeira irão integrar alternadamente as séries mais a Norte, sendo que relativamente aos clubes dos Açores acontecerá o mesmo, mas nas séries mais a Sul.

Resta agora aguardar que se disputem os jogos do play-off de acesso à segunda liga, bem como aqueles que se referem à fase da manutenção, sem esquecemos o apuramento dos campeões das várias associações de futebol distritais e regionais do país, alguns já conhecidos, para ficar completo o quadro dos clubes que na época 2017/2018 irá disputar o Campeonato de Portugal e cuja primeira jornada está aprazada para o dia 20 de Agosto.

Numa análise objectiva e desprendida de qualquer interesse pessoal deste novo modelo, identifica-se claramente com aquele em que a competição era disputada até 2012/2013, o qual, na minha modesta opinião, acrescenta uma maior equidade e justiça desportiva. Embora se trate de um regresso ao passado, o que é sempre catalogado como um retrocesso, neste caso, vem mesmo a propósito. E por boas razões.

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