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02 OCT 2017
OS FOGOS DA NOSSA MEDIOCRIDADE - 2-ªparte
Por Jornal Abarca

17 de Setembro. Já faz hoje 3 meses que aconteceu o pesadelo de Pedrógão

Esbateu-se o pavor e a indignação que então sentimos, mas temos o dever de não esquecer os que morreram e a dor dos seus familiares e amigos. Temos que nos convencer que esta história dos incêndios na nossa floresta na “epoca dos fogos” é uma guerra a sério, não é uma brincadeira ou um jogo de “play-station”

Eis as minhas prometidas e bem intencionadas ideias

1 - A alimentação dos “soldados da paz” deve ser dada a tempo e horas e assegurada honesta e eficazmente pelas Forças Armadas, como treino para um cenário de guerra ou de outra catástrofe, ou pelos Municípios atingidos pelos fogos.

2 - A intervenção dos bombeiros, para ser eficaz e eficiente tem que ser feita nos primeiros minutos depois da ignição. Isso implica que haja bombeiros, devidamente equipados para uma primeira intervenção, o mais perto possível da floresta a arder e que esteja operativo um sistema de detecção rápido e preciso.

2.1 - Essa primeira força de combate, com um número reduzido  de bombeiros (5 ou 6) deve ter autonomia suficiente para agir imediatamente sob o comando do seu elemento mais graduado. Se for necessário agregar a essa primeira brigada outras forças de combate esse graduado manter-se-á na equipa do comando, como elemento de “estado maior”. Deve, para isso, ser criada, em cada freguesia com floresta, pelo menos uma brigada de intervenção rápida com equipamento adequado a uma primeira intervenção (equipamento a construir em Portugal) integrada nas Forças Armadas ou na GNR, como acontece em Espanha e em França.

2.2 - Dada a impossibilidade de submeter os bombeiros voluntáriosa treino adequado e de os integrar nos trabalhos de limpeza a fazer pelas brigadas no Inverno, estes deixam de ser chamados a combater fogos florestais, mas serão os primeiros a ser convidados pelo Governo a integrar as brigadas profissionais de primeiro combate .

2.3 - Todos os meios de detecção de incêndios, desde as tradicionais torres de vigia a sofisticados sistemas com novas tecnologias, devem ser estudados e adquiridos os que demonstrem maior qualidade.

3 – Os contratos em vigor com empresas de combate aéreo aos fogos florestais devem ser reavaliados e os meios aéreos de combate a incêndios que o Estado tem devem estar preparados para entrar em acção logo que a dimensão dos fogos o justifique.

4 – A legislação a aprovar sobre a defesa da floresta deverá ser realista, objecto de prévio debate público e expurgada de condicionamentos bem intencionados mas tão exagerados que sejam, continuem a ser..., um convite ao seu não cumprimento impune.

Escrevi estes dois pequenos artigos para o Abarca espicaçado pela opinião de Rui Tavares, expressa no jornal Público, onde se insurgia contra a multidão de “especialistas” que opinavam  sobre os fogos florestais. Não sou especialista, mas tenho sido vítima, há 40 anos, e lembrei-me do aforismo: “Todos não somos demais para construir Portugal”. Velharias que os políticos de esquerda não entendem.

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