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02 OCT 2017
Aprender a perder
Por Jornal Abarca

21 de setembro. Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer.

Um dia para a reflexão e debate de uma das doenças mais temidas do planeta.

A Doença de Alzheimer "provoca a degeneração progressiva e irreversível de várias funções cognitivas, como a memória, concentração e linguagem", afectando de uma forma drástica a realização das actividades do dia-a-dia.

Com o envelhecimento da população, esta doença está a adquirir dimensões sociais preocupantes. Numa tentativa de despertar consciências e procurar soluções, a Fundação Champallmaud recebeu, entre 18 e 22 de setembro, a cimeira internacional "Alzheimer's Global Summit". Neste encontro estiveram reunidos cientistas internacionais, incluindo vencedores do Prémio Nobel da Medicina, com o objectivo de partilhar alguns progressos conquistados nas áreas terapêuticas e de investigação.

De acordo com o Serviço Nacional de Saúde, a Doença de Alzheimer representa cerca de 70% dos casos de demência identificados. É preocupante. É mesmo assustador o poder desta doença em apagar a personalidade de alguém, de tantos alguéns.

Se desde sempre a vida nos ensinou a importância de aprender, lutar e conquistar, esta doença obriga o indivíduo a aprender a perder. Todos os dias. A perder objectos, o sono, a capacidade de cheirar, mas sobretudo memórias.

O filme "O meu nome é Alice", inspirado na obra da neurocientista Lisa Genova, retrata de uma forma tocante a história de uma mulher inteligente e bem sucedida que se vai apercebendo de que algo errado se passa. "Consigo visualizar as palavras, mas não lhes chego e não sei quem sou. E não sei o que vou perder de seguida".

A doença tende a piorar, amanhã poderemos não saber quem somos hoje.

A importância de viver o momento e querer continuar a fazer parte de algo, faz com que se aprenda também a fintar a perda de memória. Com a sua interpretação, Julianne Moore, mostra-nos a importância de ter lembretes no telemóvel, como o nome da filha mais velha, um quadro na cozinha com mensagens afectivas como "Eu amo-te, mãe"...

Enquanto seres humanos susceptíveis a adoecer, a perder, todos precisamos de lembretes. O principal será mesmo "viver o momento"...

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