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01 JUL 2018
Pro bono
Por Jornal Abarca

De que serve vestir frases bonitas e praticar o seu contrário?

De que vale sair às ruas e erguer cartazes com letras garrafais a apelar à igualdade, se no fim essas palavras vão para o lixo e o objectivo de quem as escreveu também?

É preciso fazer tão mais do que isso... Parem de se rotular uns aos outros.

Deixem o gordo em paz. E a anorética.

O popular. E o deprimido.

O mulherengo. E o maricas.

O desempregado. E o que vive para o trabalho.

O pobre. E o filhinho da mamã.

A barbie. E o intelectual.

O cachopo. E o que já está velho demais pra isto.

Vale mesmo a pena? É justificável o ataque fortuito com palavras e palavrões? É preciso humilhar, ofender ou denegrir o amor da vida de alguém, o irmão mais generoso do mundo ou o vizinho que diz sempre bom dia a quem passa?

Há ainda tanto por fazer em nome do respeito pelo próximo... Conseguimos perceber que é insuficiente vir à praça pública erguer lenços brancos, assim como já todos percebemos que ir à missa a um domingo de manhã não é, por si só, sinónimo de bondade.

Mais do que manifestações ou revoluções, é necessária uma tomada de posição individual. Firme. Incorruptível.

Tu, aí, põe a mão na consciência e pára para pensar um bocadinho.

És feliz?

O teu bem-estar passa mesmo pela tristeza do outro?

Aquelas constantes puxadas de tapete dão-te poder? 

As tuas conquistas só acontecem com as derrotas que provocas?

Apontar os defeitos do outro torna-te mais bonito?

És mais respeitado quando agrides?

Pensa nisso! É o mínimo que podes fazer, para já...

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