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01 SET 2018
Ano sabático
Por Jornal Abarca

Em determinado momento das nossas vidas somos especialmente merecedores de uma pausa para nos reencontrarmos.

Mais que abrandar, o corpo ou a alma mandam-nos cessar, arriscar num hiato por nós criado em forma de reticências.

O ano sabático pressupõe uma escolha. Sem constrangimentos financeiros ou limitações físicas, dá-nos o tempo que precisamos para reciclar conhecimentos, conhecer novas culturas. É saber que estamos a investir na nossa formação com a segurança de que o que deixámos espera por nós.

Idealmente falando, tornamo-nos melhores pessoas e o que reencontramos será vivido com maior foco e leveza. Estar ausente ensina-nos a relativizar o que antes parecia insuportável, a valorizar o que outrora considerávamos ser um bem adquirido, mas também a identificar quando determinada situação deixa de ser tolerável, simplesmente porque não merecemos.

Estar fora – e do lado de fora – é um processo solitário, quase tanto como aquele percurso que deixámos acontecer por pura ingenuidade ou necessidade. Ainda nos venderam em saldo uma imortalidade contrafeita que, por pouco, não nos despiu de vontade e de coragem.

A verdade é que poucos se podem dar ao luxo de viver sem vencimento para estudar, viajar e conhecer o mundo. Muitas vezes só um período de convalescença nos dá tempo para isso, mas com poucos intercâmbios e sem viagens dignas desse nome. São as tais pausas que não se escolhem, ausências em jeito de quarentena que, quando muito, nos permitem alinhar pensamentos e redefinir objectivos. Parece pouco, não é?!

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