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01 ABR 2017
Casos ao acaso
Por Jornal Abarca

1 – A abarcaestá de parabéns pelas vinte e sete primaveras de vida. Foi uma “criança precoce”, pois, desde tenra idade, adquiriu a maioridade e ergueu bem alto a sua voz para informar e formar os leitores de toda esta rica região do centro de Portugal.

Avessa a seguidismos, adquiriu, desde a nascença, a sua independência que mantém, pese embora algumas consequências nefastas que dessa condição possam advir.

Parabéns, longa vida para a abarca, para a sua Directora e para todos aqueles que a ela se dedicam e, mensalmente, a colocam à disposição dos leitores.

2 – Mais uma criança foi seduzida através das “redes sociais”, abandonou a casa dos pais e, fiada em promessas, foi ao encontro de quem não conhecia e que apenas dela pretendia abusar.

Por mais que se diga, por mais e mais casos destes de que vamos, com alguma frequência, tomando conhecimento, a verdade é que continuamos a ver divulgadas nessas “redes sociais”, fotografias, notícias de acontecimentos privados, mensagens e informações de toda a espécie, como se estivéssemos a falar com o amigo do lado!

Choca ver a irresponsabilidade de pais e mães que, com orgulho bacoco, colocam as fotografias de crianças, adolescentes e até filhos e filhas de maioridade e as suas também, à mercê de quem as queira ver e de com elas fazer o que muito bem entender.

O Artigo 26.º. da Constituição da República Portuguesa, o Artigo 79.º. do Código Civil, o Acórdão do TRE de 25-06-2015 sobre regulação de responsabilidades parentais continuam no desconhecimento de tais pais e mães que se julgam donos dos seus filhos(as). É bom que tomem conhecimento destes artigos e compreendam, de uma vez por todas, que não têm direitos sobre os filhos(as), mas somente deveres!

O dever de proteger os filhos(as) das armadilhas que a sociedade lhes lança com total desrespeito pelo direito ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar, é esquecido em nome da vaidade pessoal de mostrar aos outros aquilo que só cada um de nós deve conhecer.

Que dirão as filhas e os filhos desses pais e dessas mães daqui por vinte anos quando derem conta de que, com um, dois anos de idade, foram objecto de exposição pública através de fotografias e de textos de pseudomanifestações de “amor e carinho”!

A tecnologia é útil e deve ser usada para facilitar a vida do Homem e não para a complicar!

3 – Sou do tempo dos CTT – Correios, Telégrafos e Telefones, terem a capacidade de colocar uma carta de um dia para o outro de qualquer parte do País para outra qualquer parte. Da aldeia mais remota, à cidade mais desenvolvida, os CTT conseguiam, com uma estrutura de serviço muito bem montada, o que hoje em dia, com toda a tecnologia, não conseguem, ou só conseguem, em alguns casos, e desde que se pague bem.

A distribuição de correio actualmente não tem qualquer semelhança com o que se fazia há cinquenta, sessenta anos atrás.

De Mouriscas, minha terra natal, para qualquer outra freguesia do País uma carta era colocada na estação dos CTT num dia e no outro era entregue ao destinatário. Para isso contribuía uma bem montada e oleada máquina de prestação desse serviço que, desde o homem que embalava (separava e ensacava) a correspondência, ao que a transportava (todos os dias) para e do comboio correio e ao que fazia a sua distribuição, casa a casa, faziam parte dessa máquina. Os distribuidores do correio, carteiros, percorriam a pé os caminhos da aldeia, com sol e com chuva, levando as boas e as más notícias a todos que conhecia e que em todos tinha amigos.

Tenho saudades desses tempos, pois a evolução tecnológica nada parece ter acrescentado ao que então, com toda a naturalidade, se fazia.

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