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01 AGO 2017
Turismo desportivo
Por Jornal Abarca

O início do milénio que estamos a atravessar marcou de forma inequívoca uma nova realidade no que concerne à oferta desportiva no concelho de Abrantes e seus limítrofes, fruto da edificação de modernas e funcionais instalações desportivas, tais como sejam os campos de futebol (relva natural e sintética), pista de atletismo, complexo de piscinas, para já não falar no campo de basebol e da consensualidade ou falta dela que sempre o rodeou. A partir dessa altura, Abrantes passou a integrar o roteiro para a realização de eventos de dimensão nacional e até mesmo internacional. Poderia recordar alguns. Provas internacionais de pentatlo moderno, orientação, para não falar nos vários jogos de carácter internacional envolvendo seleções nacionais de futebol, ou até mesmo do mal-amado basebol. Já em termos nacionais, seriam poucas as páginas deste jornal para enunciar todos aqueles eventos que Abrantes acolheu.

Porém, ao desenvolvimento e crescimento verificado ao nível de infraestruturas desportivas, o mesmo não foi acompanhado em termos de oferta hoteleira que permitisse que o concelho de Abrantes fosse, na verdadeira acepção da palavra e de forma integrada, um polo de atração daquilo que podemos denominar como turismo desportivo. Pelo menos de forma permanente. Não esqueço a ideia, precocemente abandonada, na minha opinião, de construção de um centro de estágio nos terrenos contíguos à Cidade Desportiva. A ter sido concretizado este projecto, estou convicto que Abrantes estaria num patamar ainda mais elevado, rivalizando com outros locais na captação de fenómenos desportivos, aos quais assim ainda não tem acesso. Paulatinamente foram encerrando algumas das poucas unidades hoteleiras de referência da região, enquanto outras funcionavam de modo intermitente. E não se pense com isto que estou a confundir a estrada da beira com a beira da estrada. Pois claro está que, existindo lacunas num sector tão importante como este, logicamente que as repercussões se farão sentir de forma menos positiva. Pese embora e justiça seja feita, muito se fez, muito se organizou, apesar desses tais constrangimentos no aspecto hoteleiro. E nesse particular, até por ser ainda fresquinho, não posso deixar de saudar a reabertura do Hotel de Abrantes, após obras de remodelação, o qual virá minorar as carências que aqui anuncio. Daí, passo a inferir que Abrantes subiu uns degraus na possibilidade de atrair mais realizações e acima de tudo mais visitantes, em particular aqueles que nunca o fizeram. Se a par das melhorias verificadas, a autarquia abrantina for dando prossecução a uma estratégia de desenvolvimento turístico que tenha como um dos seus pilares o desporto, através dos inúmeros eventos que possa acolher assente nas excelentes condições de realização e dinâmica que já oferece, estou convicto que o salto qualitativo e quantitativo num sector tão primordial para a economia portuguesa, como é o turismo, irá repercutir-se igualmente na cidade de Abrantes. Mas para isso acontecer, há sempre a necessidade de existir uma vontade política expressa nesse sentido de forma indiscutível. Contudo, creio ser esse um sentimento transversal. A todos. Pelo menos aos que gostam de Abrantes.

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