Na leitura do Admirável Mundo Novo havia sempre o refúgio de ver nele o que era: uma ficção alimentada pela imaginação do que podia a natureza humana. Porém, a lógica de Aldous Huxley foi há muito ultrapassada pelo mundo que virtualmente se tornou em realidade.
A realização no passado mês de novembro da Web Summit em Lisboa, num local não muito afastado donde os mareantes portugueses se lançaram na gigantesca saga dos Descobrimentos de há 500 anos, fezme regressar abruptamente a uma das minhas grandes leituras de adolescência, o Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, um livro que me deixou marcas bíblicas tão intangíveis que nunca mais obtive a coragem suficiente para voltar a uma segunda leitura, que iria por certo macular e desamparar o efeito vigoroso que a primeira conseguiu em mim.
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