A Assembleia Municipal de Mação aprovou por unanimidade a instituição de um prémio de cidadania com o nome de Arlindo Consolado Marques, pelo seu envolvimento na defesa do rio Tejo. O "Guardião do Tejo", como é conhecido, será o primeiro galardoado.
José António Almeida, da bancada do PSD, foi o autor da proposta: "Sem ter a obrigatoriedade de ser atribuído anualmente, a instituição deste prémio de cidadania vai ser entregue sempre que ocorram desempenhos que, de forma muito sólida, mostrem que devem ser reconhecidos", sublinhando que a ideia da instituição deste prémio se "inspirou na acção cívica do 'guardião do Tejo', Arlindo Consolado Marques".
Para o eleito social-democrata, a comunidade deve "reconhecer o trabalho desenvolvido em prol das comunidades ribeirinhas, do ambiente, do rio Tejo e da cidadania". O prémio, sublinhou, "não é pecuniário": trata-se de "um prémio simbólico que será entregue numa cerimónia" formal. "Senti-me como que na obrigação de olhar para o exemplo do Arlindo Marques, que mobilizou gentes, políticos e comunicação social e deu a cara por uma comunidade", referiu José António Almeida, justificando a proposta. O social-democrata afirmou que ser um exemplo de cidadania é perceber o que se pode fazer pela comunidade e entregar-se a uma causa, "independentemente dos processos que possam mover" contra o cidadão, referindo-se ao processo que a Celtejo interpôs contra Arlindo Consolado Marques, no qual reclama o pagamento de 250 mil euros por difamação.
O presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela, lembrou que Arlindo Marques "conta com o apoio unânime de todos os eleitos da autarquia", porque "tem ajudado a resolver um problema que é de todos". Por isso, acrescentou, vai a tribunal defender o ambientalista: "Vou servir de testemunha abonatória de Arlindo Marques neste processo que a Celtejo lhe moveu, mas com muitos mais apoios o Arlindo pode contar nesta luta pela defesa de um Tejo com qualidade e sem poluição", disse o autarca, advogado de formação.