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01 FEV 2018
O regresso da guerra fria?
Por Jornal Abarca

A eleição de Donald Trump veio reacender o debate em torno do fim de facto da Guerra Fria. Muitos consideram que o colapso da União Soviética ditou automaticamente o fim da Guerra Fria e a vitória americana, enquanto outros assumem que a Guerra Fria permanece até aos nossos dias com outras roupagens.

Em Dezembro, a Administração norte-americana revelou a nova política de segurança dos Estados Unidos. Esta política concentra-se em dois pilares: fortalecer as fonteiras norte-americanas e, segundo, reforçar o poder norte-americano. Trump entende que a fraqueza, seja a que nível, é o caminho para o conflito. Sem surpresas, Trump voltou a colocar o ênfase da política externa americana numa visão que prima pela existência de um mundo hostil ao qual os EUA se devem fechar e recorrer a todos os meios necessários para conter as ameaças daí resultantes. Acima de tudo, e contra a anterior presidência, Trump foca-se num mundo de soma-zero, de unilateralismos e políticas musculadas, onde os Estados Unidos devem sempre garantir a sua supremacia, em todos os domínios. Neste documento, Trump parece regredir todo o país temporalmente, politicamente e mentalmente no tempo e reedita o léxico, a visão política e recupera os mesmos rivais da Guerra Fria. Este texto, agora publicado pela Casa Branca, aponta a Rússia e a China como as principais ameaças externas à segurança norte-americana por minarem, diz o documento, a posição americana no mundo, quer na sua influência política, força militar ou superioridade económica. A Coreia do Norte, o México, devido à questão da emigração e o Irão, mesmo depois do acordo nuclear, também estão na mesma lista.

Os períodos históricos de maior prosperidade americana verificaram-se quando os EUA se abriram para o mundo e se envolveram na politica international, de forma a criar um conjunto de instituições internacionais que garantissem a estabilidade mundial e o respeito voluntário por um conjunto de regras comuns. Porém, os EUA parecem agora mais interessados em ressuscitar políticas que, pela sua natureza, apenas geraram mais atritos e tensões.

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