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01 MAR 2018
ARLINDO
Por Jornal Abarca

Não conheço pessoalmente Arlindo Consolado Marques.

Venho acompanhando o seu trabalho há cerca de dois anos nas redes sociais e só, recentemente, na comunicação social local e nacional. Decidi dedicar-lhe estas palavras porque aprecio pessoas que servem sem serem servidos

Permitam-me que vos deixe com um excerto da mensagem do Papa Francisco para esta Quaresma por duas razões: uns porque de outra forma não teriam conhecimento, outros porque questionarão o que tem o Arlindo a ver com o Papa e a Quaresma .

DA MENSAGEM:

“Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12)

“… A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento do amor: a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses… o que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro”.

O Papa Francisco entre as diferentes formas que assumem os “falsos profetas” como lhe chama nesta mensagem, consegue também sensibilizar para a questão ambiental que, presentemente, tem invadido os dias abrantinos. Mas ao apontar os resfriamentos do amor, não deixa de indicar a prática da esmola como uma libertação da referida ganância. E de que forma? Não, não é na “moedinha à porta da igreja”. Ninguém minimamente informado pode pensar  que a doutrina social da Igreja e suas orientações aconselham tal prática medieval. Esta questão está esclarecida e ultrapassada desde o século passado.

A prática da esmola que Francisco refere diz respeito e passo a transcrever: “A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos!”

A luta de Arlindo Consolado Marques faz-me lembrar, ainda, a passagem bíblica entre Davi e Golias. Para vencer os gigantes dos dias de hoje – “Celtejos e afins” - é necessária uma energia que  ultrapasse obstáculos que parecem intransponíveis. Dos que se vêm solidarizando com ele, uns fazem-no de coração pela causa pública ambiental. Pelo Tejo que é de todos. Outros, apanham a boleia e como me dizia alguém um dia destes “com o comboio em andamento e sentam-se logo no lugar do maquinista”. Achei piada porque nunca tinha escutado a expressão. Mas não tive dificuldade em descobrir maquinistas.

Vi o debate “Prós e Contras”. Como diz o povo “quem não está não faz falta e dos fracos não reza a história”.

Arlindo vai continuar a fazer da esmola um dos seus estilos de vida porque sempre entendeu que o Tejo que possui não é só seu.

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