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02 AGO 2018
O Festival que toca Bons Sons
Por Jornal Abarca
(Foto: Iolanda Pereira)
(Foto: Iolanda Pereira)

De 9 a 12 de Agosto, Cem Soldos recebe o emblemático Festival Bons Sons por onde passarão nomes como Salvador Sobral, Sara Tavares ou Lena d’Água. A comunhão entre população e festivaleiros torna este festival único.

Cem Soldos, aldeia no concelho de Tomar, irá receber a oitava edição do Festival Bons Sons, entre 9 e 12 de Agosto. Este ano destaque, entre outros, para as actuações de Salvador Sobral, Slow J e Selma Uamusse (dia 9), Sara Tavares, Mazgani e João Afonso (dia 10), Paus, Sean Riley & The Slowriders, Cais Sodré Funk Connection e Zeca Medeiros (dia 11) e Linda Martini, Dead Combo e Lena d’Água e Primeira-dama (dia 12).

Durante estas datas, a aldeia de Cem Soldos “é fechada e o seu perímetro delimita o recinto que acolhe 8 palcos, cada um dedicado a uma linha programática, perfeitamente integrados nas suas ruas, praças, largos, igreja e outros equipamentos”. Os palcos estão nomeados no sentido de homenagear várias figuras da cultura: palco Lopes Graça, palco Zeca Afonso, palco Giacometti, palco Amália, auditório Agostinho da Silva, palco Aguardela, palco música portuguesa a gostar dela própria e palco garagem.

Destaque para o palco garagem, no qual “qualquer pessoa ou agrupamento pode mostrar o seu talento” dispondo gratuitamente do palco e de todas as condições para “tocar para um número considerável de pessoas”. Outros espaços estarão disponíveis para os visitantes tais como a feira de marroquinarias, o espaço criança ou a área de restauração.

Ainda existem bilhetes disponíveis com o preço de 22 euros para o dia e 45 euros para os quatro dias de festival e inclui acesso ao parque de campismo.

O Festival e a Aldeia

Iniciado em 2006 e realizado anualmente desde 2014, o Bons Sons funciona como uma “plataforma de divulgação de música portuguesa, onde o público descobre projectos emergentes e reencontra músicos consagrados”, segundo a organização.

O festival gravita em torno da aldeia até porque foi criado pelo Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS), associação cultural local. O trabalho realizado pelo SCOCS atingiu o seu ponto alto com a criação de um festival que ganhou reputação a nível nacional. Hoje em dia falar de Cem Soldos é falar de Bons Sons.

Essa reputação deve-se, sobretudo, a uma coisa essencial que se foi perdendo nos festivais mais mediáticos: o espírito. O espírito de um festival musical de verão é o que gera a sua dinâmica e, se isso se foi perdendo em muitos dos mais carismáticos, foi inversamente reforçado em Cem Soldos onde ir ao Bons Sons é mais do que ouvir músicas: é uma experiência única. O Bons Sons “promove uma relação de proximidade com o seu público, envolvendo a população na realização do festival. Até pela “quarentena” a que a aldeia é remetida, “são os habitantes que acolhem e servem os visitantes, numa partilha especial entre quem recebe e quem visita, proporcionando a vivência ímpar de um evento musical” e promovendo, simultaneamente, a economia local.

Para lá da música

O festival caracteriza-se, também, pelo seu papel social num compromisso pelo desenvolvimento local. A participação dos habitantes de Cem Soldos na produção do Bons Sons é fundamental para a valorização da comunidade, existindo a preocupação de retribuir à aldeia todo o empenho. Nesse sentido, as receitas geradas são aplicadas em iniciativas sociais e culturais para a aldeia. Entre os principais projectos destacam-se o “Lar Aldeia”, que visa “através da recuperação de algumas unidades habitacionais, integrar idosos no centro de Cem Soldos, mantendo a sua individualidade e privacidade”; o “CAAL – Casa Aqui Ao Lado”, “uma iniciativa de recuperação de uma habitação anexa ao SCOCS para albergar residências artísticas e aliviar custos de produção das suas actividades culturais”; e, também, no plano ecológico onde há a preocupação de reduzir a pegada ecológica.
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