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04 DEZ 2018
Web Summit - Uma password para o rebanho
Por Jornal Abarca

Nesta revolução com password das massas, que dizem o que sabem, mas não sabem o que dizem, quanto mais soez é a atoarda nas redes maior é a probabilidade de se tornar viral, e quanto mais insinuante e abrasivo for o conteúdo, mais certezas há na sua propagação.

Já com um alcance relativamente generoso nos prazos e padecendo de várias omissões, o mundo dos privilegiados de origem que se considera a si próprio como o primeiro e o mais civilizado, e onde só falta o mel e o leite correrem pelas torneiras, sofreu nos últimos tempos de alguns tumores e colapsos que trataram com estranheza e horror como singularidades de corpos absurdos. O Brexit, Viktor Orbán, Marine Le Pen, Donald Trump, Matteo Salvini ou Jair Bolsonaro foram, para já, algumas destas manifestações que a semântica oficial e encartada anatemizou na nova linguagem como populismo, extrema-direita e, quando conseguiu segregar ódio suficiente, fascistas e fardos de idiotas. (...)

Serão estes detentores do monopólio da verdade e pregoeiros do “politicamente correto” já pensadores que raciocinam por algoritmos, zeros e uns, incapazes de serem sensíveis ao que não pode ser formatado e reduzido seu pequeno mundo digital? Com tanta vigilância e chá, estas virgens ofendidas e picuinhas foram capazes de criar as condições ideais para o surgimento do “populismo”, o fenómeno natural em que aquela metade do povo ignorante e alucinada por estereótipos reagiu e vota agora em manipuladores de tweets que alto e bom som dizem o que eles só pensam. A coisa descambou para radicalismos e vilanias de toda a espécie. (...)

A ideia que a Web Summit uma vez mais transmitiu foi a de uma festa sem fantasmas, mas eles existem, e são muitos. A verdade é que a Web Summit e todos os encontros que proporcionam a criatividade, a inovação, o esconder dos fantasmas nos armários da IA e o que será dentro de poucos anos o mercado de trabalho, estão a pôr nos limites o teste do que é que nos torna genuinamente humanos e nos separa ainda das criaturas obedientes da bioengenharia comandadas e desconhecedoras do livre arbítrio. (...)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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