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20 ABR 2019
Torres Novas - Livro sobre o Padre Xico Nuno é lançado dia 27
Por Jornal Abarca

Será lançada no dia 27 de Abril, numa cerimónia a realizar no Convento de São Francisco em Santarém, a partir das 15.00h, a obra "Padre Nuno | Xico Nuno".

Após a recepção Antero Guerra fará a aprensentação do vídeo com o mesmo título do livro, seguindo-se a participação das entidades oficiais representadas, nomeadamente os Presidentes das autarquias de Santarém, Torres Novas e  da Associação das Comemorações Populares do 25 de Abril em Santarém.

De seguida o Doutor Jorge Custódio fará a apresentação do livro e Maria da Purificação irá declamar poesia antes do momento audiovisual por parte de José Alberto, ex-aluno do Seminário de Santarém, e um momento musical pelo Coro do Círculo Cultural Scalabitano e pela Banda da Sociedade Filarmónica União Matense.

Por fim, haverá lugar a um cocktail e visita à exposição de pintra de Xico Nuno.

 

Padre Xico Nuno

Francisco Nuno Oliveira Rodrigues, natural da Mata, freguesia da Chancelaria, concelho de Torres Novas, nasce a 14 de março de 1934.  Ingressa no Seminário de Santarém aos 11 anos e continua a sua formação sacerdotal nos Seminários de Almada e Olivais, sendo ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1957.  A 1 de setembro celebra a Missa Nova, na sua aldeia natal.  
 
Nesse mês é nomeado para professor e prefeito no Seminário de Santarém, onde inicia funções a 1 de outubro; aqui desenvolve com os jovens seminaristas vários desafios na área da música, teatro e desporto. Com uma vertente artística muito marcada pinta algumas obras que expõe, de forma individual e coletiva na cidade. Excelente caricaturista e tem grande espólio na área do desenho.   
 
Torna-se sócio do Cine Clube de Santarém, criando uma forte amizade com o seu presidente Manuel Alves Castela; participa em vários serões musicais e tertúlias com os intelectuais da cidade.  Em setembro de 1963 é nomeado professor de Religião e Moral do Liceu Nacional de Santarém, ficando também com a responsabilidade dos Colégios Andaluz e Sª. Margarida, a Mocidade Portuguesa, a JEC (juventude escolar católica) do liceu.  
 
Preocupado com a Juventude dinamiza, com os jovens estudantes das escolas da cidade, o NATAL DO ESTUDANTE, que na época foi uma autêntica revolução; no primeiro ano o espectáculo é apresentado no Ginásio do Seminário e posteriormente no pavilhão da FNAT, no campo da Feira do Ribatejo e por fim no Teatro Rosa Damasceno. Os espetáculos são sempre um verdadeiro sucesso. Cria e dinamiza o SCOJ (Secretariado Cristão dos Organismos Juvenis), um andar que aluga e que serve de apoio aos jovens que ali podem estudar, conviver e mais tarde se torna Lar para Estudantes. Rapidamente cria um pequeno jornal para divulgar o que se faz na casa a que chama também SCOJ; este serve de comunicação para a juventude da cidade e para os que já seguiram para as Universidades e para a guerra colonial.  Organiza na casa debates onde são abordados temas tabu para a época, nomeadamente Educação Sexual. O jornal está aberto a todos os que quiserem colaborar, sendo um meio onde os jovens expressam, não só a sua criatividade como expõem as suas dúvida e Padre Nuno está sempre disponível para os ouvir e aconselhar. Organiza diversas excursões a Lisboa, para assistir a peças de teatro, ópera e exposições que posteriormente servem para tema de debates nas aulas de Religião e Moral.  
 
É Vice-Presidente da Associação Académica de Santarém; organiza torneios de futebol entre escolas da cidade assim como entre professores do liceu e do seminário.  
Participa em reuniões da Oposição em 1969.  Perseguido pela PIDE é expulso do Liceu, no fim do 2º período, sendo então encerrado o SCOJ (jornal e casa/Lar de estudantes).   De 1970 a 1974 é colocado, por pequenos períodos, no STELLA MARIS (Organização da Igreja Católica para apoio aos tripulantes dos navios mercantes e pescadores), Paróquia da Ajuda em Lisboa e Externato Diocesano Frei Luís de Sousa em Almada.  Em 1975 pede a redução ao estado laical e casa com uma sua ex-aluna do liceu de Santarém, numa cerimónia religiosa.  
De 1975 a 1982 vive e trabalha em Torres Novas onde é professor na atual Escola Maria Lamas; em abril de 1976 funda um jornal A FORJA do qual é diretor até setembro de 1982.  Em setembro de 1982, por razões de ordem familiar, ruma a Setúbal, sendo colocado como professor de Português e Latim na actual Escola Sebastião da Gama. Membro ativo do MDP (Movimento Democrático Português) tem uma intensa atividade política, sendo membro da sua Comissão Nacional.  
 
A sua atividade cultural não se resume às diversas atividades que desenvolve com os alunos, como o Festival de teatro com as escolas da cidade, a Semana da Cultura e Língua Portuguesa, o 30º Aniversário do edifício da Escola Sebastião da Gama, O Centenário do Ensino Industrial em Setúbal.  Dinamiza e participa como ilustrador de livros de poesia de poetas setubalenses.  
 
No verão de 1989 adoece. O diagnóstico é Leucemia Aguda. Tenta-se o transplante de medula em Londres o que, infelizmente, não acontece e vem a falecer em Inglaterra a 10 de novembro de 1989.  
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