São histórias que ilustram uma pátria com legítimos e bastardos, os que se repastam no banquete e os outros, que cheiram na escada.
Tantas vezes prometidas e outras tantas esquecidas, as histórias das barragens de Alvito, no rio Ocreza, e de Pisão, no concelho do Crato, Alto Alentejo, são dois exemplos demonstrativos de que Portugal é definitivamente um país bom a consumir promessas e a viver de ilusões. (...)
Há quem assegure que o maior busílis que obsta à construção das duas barragens é a sua localização no Interior do país. É verdade que já foram criadas unidades de missão para a chamada “Valorização do Interior”, mas há sempre um filtro invisível e indefinido que torna qualquer investimento no Interior suspeito e que tem de ser observado primeiro por periscópios e crivos estranhos para lhe identificar fragilidades, insustentabilidades e outras adjetivações correlativas para o inviabilizar. Para o Litoral tudo; para o Interior o “vermelho” da inviabilidade económica, mesmo que seja óbvio que não seja esse o caso. (...)
O impacto das secas acumuladas, sobretudo no Alentejo, onde neste início de primavera “os rebanhos já lambem na lama”, e a nossa vulnerabilidade a elas pode ter riscos muito elevados na agricultura e no abastecimento de água, entre outros aspetos. (...)
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