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11 JUN 2019
Em busca das antigas Minas do Círio
Por Jornal Abarca

Depois de a guerra acabar, em 1945, as minas fecharam, mas eram ainda assaltadas. Ficou muito filão de fora da mina, com minério e potencial para ser vendido e os chamados “salta e pilha” introduziam-se à socapa para dentro das galerias.

Foram minas de ricos filões de estanho e, sobretudo, de volfrâmio, que entre 1939 e 1945 alimentaram a voragem letal da II Guerra Mundial, mas que, por uma daquelas ironias de que a vida é fértil, também mataram muita fome e miséria que havia não só em Valezim, como nas outras aldeias mais próximas das minas. De Valezim, uma das “aldeias de montanha” do concelho de Seia, para o local no fundo de um vale de onde se extraíram toneladas de minérios não há caminho digno desse nome, aqui e ali aflora um carreiro junto a uma levada de água que segue acompanhando o vale e alimenta ainda uma já pálida ruralidade feita nos modos mais rústicos e ainda pela gente mais antiga. (...)

 Um quilo de volfrâmio chegava a ser vendido a mil escudos [o equivalente a cerca de cinco euros], uma fortuna para a época, e não faltavam compradores, pois o minério negro resgatado aos filões oblíquos era essencial para endurecer o armamento. Fosse para os alemães, fosse para os aliados, pois Portugal tinha um estatuto de neutralidade e procurava arduamente a habilidade quântica de obter lucros e ao mesmo tempo preservar a velha aliança com os ingleses, sem beliscar no alinhamento ideológico de Salazar com o nacional-socialismo de Hitler. (...)

Depois do boom do volfrâmio, ficou muito filão de fora da mina, com minério e potencial para ser vendido. O terreno passou a ser alvo de visitantes que furtivamente, a maior parte das vezes à noite, procuravam levar os fragmentos que considerassem com valor e depois os vendessem a intermediários do negócio, que também os havia em Valezim, como o senhor Simões, e que invariavelmente procuravam desvalorizar o pecúlio mineral que lhes chegava às mãos para pagar o menos possível. (...)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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