Home »
26 JUL 2019
Incêndios - Protecção Civil distribuiu máscaras inflamáveis para poupar dinheiro
Por Jornal Abarca

A notícia é avançada hoje pelo Observador: a Autoridade Nacional de Protecção Civil distribuiu desde 2018 mais de 70 mil máscaras perigosas para a saúde se usadas em caso de incêndio no âmbito do programa “Aldeia Segura - Pessoas Seguras”. O fornecedor do produto sugeriu outro tipo de material para a composição das máscaras mas a Protecção Civil achou caro. Ao início da tarde a revista Sábado revelou que a empresa que vendeu as golas à Protecção Civil é do marido de uma autarca do Partido Socialista.

No âmbito do programa “Aldeia Segura - Pessoas Seguras” a Protecção Civil levou a cabo a distribuição de cerca de 70 mil máscaras de protecção contra o fumo em caso de incêndio que, supostamente, protegeriam o rosto e o pescoço. No entanto, noticia hoje o Observador, as máscaras são inflamáveis tornando-se, por isso, um perigo para a saúde em caso de utilização em cenário de incêndio. Pela sua constituição – 100% poliéster – basta uma fagulha para que as máscaras se incendeiam no rosto de quem as usa.

O fornecedor das máscaras, em declarações ao Observador, defende-se argumentando que propôs que as máscaras fossem feitas de outro material mais apropriado, mas a sugestão foi recusada pela Protecção Civil recusou por ser mais caro alegando que a distribuição das máscaras era uma acção de propaganda e sensibilização. “Importa salientar que estes materiais não assumem características de equipamento de proteção individual, nem se destinam a proporcionar proteção acrescida em caso de resposta a incêndios rurais, consubstanciando-se em material de sensibilização“, respondeu a Protecção Civil ao Observador, embora as máscaras tenham sido apresentadas à população como elemento de protecção contra incêndios.

 

Foxtrot: a empresa que vendeu as golas é do marido de autarca do PS
Hoje ao início da tarde a revista Sábado revelou que a empresa que vendeu as máscaras e kits contra incêndios à Protecção Civil é detida por Ricardo Fernandes, casado com Isilda Gomes da Silva, presidente da Junta de Freguesia de Longos, em Guimarães.

A empresa, Foxtrot, existe desde Dezembro de 2017 e destina-se a “turismo de natureza, exploração de parque de campismo e caravanismo, exploração de estabelecimentos de restauração e de bebidas, nomeadamente bares e restaurantes, "exploração de mini mercado, comércio, importação e exportação de produtos alimentares, bebidas e tabaco".

Com os dois contratos celebrados entre 13 e 20 de Junho de 2018 a Foxtrot arrecadou 328.356€ de vendas para a Protecção Civil.

(0) Comentários
Escrever um Comentário
Nome (*)

Email (*) (não será divulgado)

Website

Comentário

Verificação
Autorizo que este comentário seja publicado



Comentários

PUB
crónicas remando
PUB
CONSULTAS ONLINE
Interessa-se pela política local?
 73%     Sim
 27%     Não
( 367 respostas )
© 2011 Jornal Abarca , todos os direitos reservados | Mapa do site | Quem Somos | Estatuto Editorial | Editora | Ficha Técnica | Desenvolvimento e Design