A Filarmónica União Sardoalense nasceu a 03 de Agosto de 1862 completando este mês 157 anos. É uma das filarmónicas mais antigas do país e vai resistindo à mudança dos tempos. Actualmente, o objectivo principal passa por conseguir uma sede condigna.

 

A vida da FUS nem sempre foi uma história em harmonia. (...) Cerca de quatro décadas após o seu nascimento, no início do século XX, devido a disputas sociais e políticas entre regeneradores e progressistas, existiram duas bandas no Sardoal: a Sociedade Philarmónica, conhecida como “a banda do pau teso”, e banda nova, apelidada de “banda do cu aberto”, ficando a motivação para tal à imaginação do leitor na ausência de documentação fiável que permitam uma conclusão. (...)

 

Não se sabe ao certo se há uma relação directa com a restauração da Independência, celebrada na mesma data, mas o facto é que “os novos músicos fazem a primeira saída à rua sempre no 1º de Dezembro”, revela José. (...)

 

[António] Com o olhar vago no horizonte deixa soltar uma confidência, como se fosse um jovem a confessar o primeiro amor: “Não me vejo a viver sem a música”. (...)

 

Para José Martins a sede é mais do que um capricho, é uma necessidade evidente: “É urgente, não temos uma sala condigna”. Justifica isto pelo espaço reduzido da única sala disponível que “serve de bar, sala de reuniões, sala de ensaios, tudo no mesmo espaço”, indica. (...)

 

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