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04 SET 2019
Entrevista - Roberto Chichorro: "A mulher é um ser especial!"
Por Jornal Abarca

Roberto Chichorro jogou à bola com Eusébio, a primeira vez que expôs em Portugal veio sozinho com as pinturas debaixo do braço, fala com saudade de África, declara-se um apaixonado pela figura feminina e revisita o percurso enquanto artista. A 19 de Setembro completa 78 anos e abre o coração em entrevista ao abarca. 

Sei que jogou à bola. Tem memórias de Eusébio e de Hilário?
Joguei à bola no Desportivo de Lourenço Marques, mas quando passei para os seniores dediquei-me ao atletismo. Joguei muito à bola com o Eusébio, quando ele jogava no Sporting de Lourenço Marques. O Eusébio era do Desportivo, mas iam tantos miúdos lá para jogar que alguns passavam pela malha e ele acabou por ir parar ao Sporting. A primeira vez que joguei contra ele apanhei 5 [risos]. Eu era defesa-central e quando o vi, franzino, pensei que eram favas contadas, mas foram favas contadas para o lado contrário! [risos] (...)

Há reflexos das suas vivências em África na sua obra, como o recurso aos beija-flor ou mulheres africanas. É uma forma de perpetuar a sua ligação a Moçambique? 
Tudo aquilo que eu faço é uma forma de perpetuar o ser africano. A mulher é um ser extremamente importante na minha vida. Eu cresci no ventre de uma mulher. A mulher é um ser bonito, é um ser especial. Eu passo a vida apaixonado por mulheres. (...)

Vou fazer uma pergunta sobre uma história que eu já li, mas quero que me a conte. Conseguiu apanhar laranjas mais longe do que os seus braços chegavam? 
[risos] Fui apanhando algumas porque temos sempre a tentação de ir mais longe. Isso foi uma lição que o meu pai me ensinou e nunca mais me esqueci. Um dia no quintal o meu pai disseme: “Estás a ver aquela laranja lá em cima? Tu não chegas lá, pois não?”. E eu disse que não. Ele respondeu: “Não tentes apanhar aquela laranja porque o ramo pode partir, tu cais e aleijas-te. Se apanhares aquela laranja onde o teu braço chega vais ter algo para comer. Aprende na vida a apanhar só aquilo onde tu possas chegar”. (...)

Poderá ler o resto da entrevista na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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