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30 OCT 2019
Porto de Mós aposta na observação de aves
Por Jornal Abarca
O Centro de Interpretação das Serras de Aire e Candeeiros (CISAC) e o concelho de Porto de Mós foram o palco no passado mês de outubro das celebrações em Portugal do 25º aniversário do EuroBirdWatch, onde a observação de aves nos seus habitats naturais e várias atividades relacionadas foram o foco principal. Sete visitas a outros tantos territórios portomosenses (para as quais foram elaborados sete miniguias das aves observáveis em cada um deles), um concurso de fotografia e a apresentação do livro Discover Porto de Mós Birdwatching, sobre as aves e os sítios de maior valor ornitológico do concelho, foram os pontos de destaque. A iniciativa foi dinamizada pela associação ambientalista Vertigem, o município de Porto de Mós e a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, que representa a associação BirdLife International em Portugal.
 
Rui Cordeiro, da Vertigem, sublinhou a enorme diferença entre o encontro deste ano “e um outro encontro internacional de observação de aves que ocorreu há 20 anos no mesmo local”, sublinhando que nessa altura “a participação se limitou a alguns técnicos do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), enquanto agora [com o auditório do CISAC cheio] há pessoas presentes para quem a observação de aves é simplesmente um hobby, um passatempo ou apenas uma forma de conhecer a Natureza, o que é mais significativo”.
 
Aves são bons indicadores da qualidade do ambiente
O presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, evidenciou a aposta do município em desenvolver projetos turísticos no concelho privilegiando circuitos a pé, cicláveis ou equestres próximos da Natureza. “Porto de Mós tem uma enorme biodiversidade no seu território, e queremos identificar no futuro os melhores espaços para ver aves. Há em todo o PNSAC cerca de 1500 grutas e algares, uma praia jurássica, e temos condições para encontrar um produto [turístico e cultural] virado para a importância da biodiversidade”, afirmou o autarca. No prefácio do livro apresentado no CISAC Jorge Vala reforça ainda que “as aves são bons indicadores da qualidade ambiental e o seu estudo e monitorização constitui, assim, uma forma relativamente simples de obter informação do meio em que vivemos”.
 
As visitas aos locais notabilizados para a observação de aves, que integraram Arrimal, Covas Altas, Figueirinhas-Figueiredo, Milheiriça, Ribeira de Cima, São Bento, e Serra dos Candeeiros, foram pretextos para identificar algumas das 132 espécies presentes e cerca de uma centena de nidificantes só no concelho de Porto de Mós. Entre as espécies reconhecidas pelos turistas ornitológicos, entre carrascos e medronheiros, mosaicos de campos agrícolas e olivais, e povoamentos de pinheiros junto a caminhos de pé-posto, contam-se a águia-d’asa-redonda, o picanço-real, a alvéolaamarela, a toutinegra-cabeça-preta, o peneireiro-cinzento, o milhafrepreto, o pica-pau-malhado-grande, poupas e perdizes e a já lendária e rara garça-de-bico-vermelho. Segundo Rui Cordeiro, “as aves, pelo seu papel no funcionamento saudável dos ecossistemas, são precisamente um dos elementos fundamentais a conhecer melhor e, sobretudo, a defender”.
 
Em relação ao concurso de fotografia “Património Naturais”, o júri, constituído pelo fotógrafo convidado Armindo Vieira e por representantes do município local e da Vertigem, escolheu como vencedores Miguel Carvalho (preto e branco) e Elsa Caetano (cor), tendo o jovem André Sousa recebido uma menção honrosa.
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