Um dos ex-libris mais notáveis e verdadeiro guardião da identidade da vila lagunar e piscatória é o Comur - Museu Municipal da Murtosa, instalado em 2015 na velha Fábrica de Conservas da Murtosa, uma unidade fabril criada em 1942 e dedicada à produção de conservas de enguia para exportação.

Chega-se às terras lagunares da Murtosa, que incluem a ruralidade de Torreira, Bunheiro, Pardilhó, Monte e Veiros, e gradualmente apercebemos que estamos a entrar num mundo luminoso com uma identidade e ritmos diferentes que começam a ressaltar logo no copioso número de bicicletas nas ruas e na imensa rede de ciclovias que as marginam ao longo de toda a malha urbana do concelho. (...)

Um dos ex-libris mais notáveis e verdadeiro guardião da identidade da vila lagunar e piscatória é o Comur - Museu Municipal da Murtosa, instalado em 2015 nas antigas instalações da velha Fábrica de Conservas da Murtosa, uma unidade fabril criada em 1942 e dedicada à produção de conservas de enguia para exportação, e que depois dilataria às conservas de outras espécies, como o atum, salmão, tainha, bacalhau, trutas, cavala, carpa, mexilhão, o polvo e o choco. Entre as suas paredes mora uma parte da história das enguias da ria, dos pescadores da Murtosa e do próprio concelho. (…)

Figuras típicas ligadas às enguias da Murtosa e que tiveram a sua época de ouro, não havendo festa, feira ou romaria que se prezasse que se desse à desonra de as dispensar, eram as fritadeiras, que deviam ter dois recursos insólitos, mas fundamentais e que davam bastante jeito: serem de estatura elevada e, sobretudo, possuírem braços compridos para evitarem as queimaduras do azeite (ou mais modernamente de óleo) a ferver numa frigideira. Foram elas que estiveram mesmo na origem da tradição conserveira quando, ainda no decurso da II Guerra Mundial, chega à vila uma encomenda que foi o arranque histórico da indústria. (…)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.