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01 MAI 2020
REPORTAGEM - Uma maternidade de bichos e outra de problemas
Por Jornal Abarca

O turismo de natureza, a cultura da ostra e a reabilitação e o reaproveitamento das salinas de Samouco são oportunidades que se oferecem na região. Mas as fraquezas e ameaças que prosperam por este interface ecológico são inúmeras.

É uma planície azul, um sítio magnífico e que transmite uma enorme tranquilidade, o estuário do Tejo, a sua reserva natural e mais dois ou três locais que merecem menção. A visita, este inverno, teve o patrocínio de um velho amigo dos tempos da academia, que se mantém fiel às suas antigas e juvenis convicções hippies, ecologistas e anticapitalistas, o que não o impediu de ganhar a vida como gestor de uma multinacional, e ter ganho o suficiente para agora querer comprar alguns hectares de terras na Cova da Beira e aí criar uma vida comunitária como sempre sonhou, e que incluirá ovelhas, cabras, alguns jumentos e muitos pessegueiros. (...)

As relações íntimas, quase incestuosas, da terra com o rio, e da água doce com a salgada, fizeram do local um habitat raro e fecundo. O seu hibridismo é um autêntico viveiro para muitos seres vivos, um refúgio para a invernada das aves, e capaz de oferecer coreografias fabulosas − mas é também a maternidade de muitos problemas. Elenco desde já no impacto que têm sobre a reserva natural, os produtos agroquímicos da cultura do arroz, a poluição resultante das indústrias envolventes, da agro-indústrias, agropecuárias e a de origem urbana, a sobressalinidade no verão e a introdução de espécies exóticas (como a amêijoa-japónica) que prosperam à custa dos danos que causam às outras, para além das chamadas “pescas espertas” com artes canalhas que comprometem a sobrevivência de várias espécies nativas. O abandono da extração artesanal de sal, nas salinas do Samouco, e a substituição da agricultura tradicional de sequeiro pelas práticas agrícolas mais intensivas e com maior exigência de água doce também têm dado um contributo notável para um estuário cada vez mais vulnerável. (...)

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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