O dia de casamento é encarado como uma data de sonho mas, por causa da Covid-19, esse é agora um momento obrigatoriamente diferente. Os noivos mostram-se adaptados, mas o negócio revela quebras preocupantes nas receitas. Nada será como dantes, mas o maior vírus será sempre o amor.

A pandemia da Covid-19 arrasou a vida das pessoas como um furacão e virou tudo do avesso. Os noivos, e profissionais que vivem do negócio dos casamentos, não são excepção. Tatiana Reis, gerente e wedding planner na Quinta D.Nuno, em Fátima, lembra o dia 13 de Março com um visível aperto no coração: “Fechámos quando foi decretado que os padres não podiam celebrar casamentos”, o que invalidava a realização da maioria das cerimónias. “Tínhamos um casamento no dia a seguir… foi muito difícil”, explica enquanto um silêncio ensurdecedor resume o estado de espírito. “Ainda tentámos contornar a situação mas tivemos de adiar. Foi duro”, insiste. (...)

Os maiores danos foram, efectivamente, a nível emocional: “O dia 1 de Maio, em que deveríamos ter casado, não foi fácil, confesso”, diz Rita. “Idealizou-se muita coisa que não se concretizou, foi muito difícil”. (...)

Mas o casal não coloca a hipótese de voltar a remarcar o enlace: “Já passámos por tanta coisa que chegamos a um ponto em que dizemos: é naquele dia da forma que for”, diz Viviana. (...)

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