A campanha Outubro Rosa tem como objectivo lembrar a importância da prevenção contra o cancro da mama e do colo do útero. Patrícia e Teresa, duas sobreviventes de cancro, contamnos as suas histórias de luta. Sara Torcato Parreira, enfermeira de oncologia, lembra que o diagnóstico precoce é fundamental.
A conversa com Patrícia Nunes, natural de Torres Novas, é animada e uma lição de vida. “Há uma coisa que não suporto ouvir”, diz. O silêncio espera pela resposta: “Quando me dizem que não têm tempo”. A vida é curta e Paty, como é conhecida pelos amigos, sabe-o melhor do que ninguém. Quando tinha onze anos a mãe teve um grave acidente de automóvel ficando sem uma perna; em 2010 viu partir o seu sobrinho, Ricardo, com apenas 23 meses vítima de um tumor na cabeça. É, por isso, ainda mais impressionante como a alegria que transmite contagia facilmente qualquer pessoa. (...)
Teresa explica que o doente passa por várias fases. “Primeiro há revolta e pensamos ‘porquê eu?’, mas depois passamos à fase da aceitação e perguntamos ‘porquê os outros e não eu?’”. Essa noção de que “somos todos iguais” é um ponto de partida importante para a consciencialização de que “pode acontecer a qualquer um”. A partir da aceitação o optimismo aumenta e “ajuda neste processo”. (...)
Sara Torcato Parreira fez parte da Sociedade Portuguesa de Enfermagem Oncológica e Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa, e foi, durante dois anos, a primeira representante europeia dos Jovens Enfermeiros Oncologistas, acumulando uma vasta experiência na área. Considera “fundamental um diagnóstico precoce” até porque esta “é uma área que se desenvolveu bastante precisamente por isso. Temos cada vez mais tratamentos inovadores”. A palavra cancro não é sintoma de um desfecho trágico: “São tumores curáveis e tratáveis, temos imensos sobreviventes. No caso do cancro da mama é das áreas da oncologia com melhor perspectiva de tratamento”. (...)
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