O Bloco de Esquerda de Torres Novas mostra-se revoltado com a posição do executivo camarário, liderado com maioria absoluta pelo PS, na gestão do processo de isenção de pagamentos até final do ano dos Transportes Urbanos Torrejanos (TUT).

Em causa está uma proposta apresentada pelos bloquistas a 21 de Julho “onde propunha a gratuitidade dos TUT até ao final do ano” e, findo esse período, “se avaliasse a introdução da gratuidade em definitivo”, que foi rejeitada com o voto contra da maioria socialista na reunião de Câmara de 18 de Agosto.

Contudo, “passado pouco mais de um mês”, no dia 30 de Setembro, foi o próprio PS a propor “não só a isenção para o mês de Outubro (conforme contava da ordem de trabalhos”, realça o BE, como também “a isenção até ao final do ano”, tal como tinha sido proposto pelos bloquistas um mês antes.

A concelhia de Torres Novas do Bloco de Esquerda lamenta a forma como o processo foi gerido: “Isto não é sério!”, deixando no ar que a manobra serviu para “fazer mais um título: TUT gratuito!”.

Pedro Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, contactado pelo abarca, justifica o voto contra quando a proposta foi apresentada pelo BE "por se estar numa fase, progressiva, mensal, de se avaliar mês a mês o ponto de situação da pandemia no concelho" e que a posição se alterou "com o agravamento do número de casos e com uma previsão pessimista até ao final do ano". O autarca garante ainda que "nunca se desvalorizou a proposta anterior do BE".