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27 OCT 2020
CHAMUSCA - Paulo Queimado indignado com localização da nova ponte sobre o Tejo
Por Jornal Abarca

Paulo Queimado, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, revelou-se “indignado” com a localização anunciada no Plano Nacional de Investimentos 2030 (PNI2030) para a nova ponte sobre o Tejo na região, que deverá ligar os concelhos de Abrantes e Constância, aparentemente entre a Vila Poema e o Tramagal.

Numa carta aberta enviada ao Ministro das Infraestruturas, considera o autarca que sem o necessário investimento para terminar o IC3/A13, ligando Almeirim a Vila Nova da Barquinha, é bastante difícil atrair investimento. Relembra que a conclusão deste troço “tem sido identificada em vários documentos como uma prioridade em termos de investimentos infraestruturais no país (p.e. PNR 2020, PETI3, PROT-OVT), onde esta rodovia teve particular destaque, considerada essencial para alavancar economicamente zonas do interior, tipicamente rurais e mais desfavorecidas, tornando-as atrativas do ponto de vista de expansão territorial, quer urbana, quer industrial”.

Além do impacto económico para a região que teria a conclusão do referido troço e consequente construção de uma nova ponte sobre o rio Tejo na Chamusca, Paulo Queimado lembra que o concelho a que preside trata problemas graves do país a nível de resíduos pois recebe “importantíssimas infraestruturas de tratamento de resíduos do país, nomeadamente os dois únicos CIRVER – Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos a nível nacional, quatro unidades de tratamento e eliminação de resíduos hospitalares, que servem todo o país, duas unidades de compostagem que resolvem inúmeros problemas ambientais, nomeadamente de lamas de ETAR, uma central de biomassa, resolvendo desta forma a questão dos subprodutos da limpeza da floresta em toda a região centro, duas unidades de regeneração de óleos usados, para além do sistema de eliminação de resíduos industriais banais e do sistema de recolha, tratamento, triagem e eliminação de resíduos sólidos urbanos que neste momento serve 16 concelhos da região” e que “estas unidades implicam a movimentação constante veículos pesados que, face à inexistência de melhores acessibilidades, acaba por se efetuar dentro de povoações”.

Paulo Queimado desafia assim o Governo de António Costa a responder aos “desígnios atuais da União Europeia: combater as alterações climáticas, responder ao desafio demográfico, construir a sociedade digital e reduzir as desigualdades”.

Para terminar, o autarca lembra que “a não execução destes pressupostos, terá sérias implicações para uma região seriamente afetada do ponto de vista demográfico e económico” e a construção de uma ponte entre Abrantes e Constância compromete “o investimento e desenvolvimento industrial e social da região” além de a expor a riscos ambientais. Conclui, assim, que “mais uma vez a Chamusca e o Ribatejo ficam a perder”.

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