Foi caixeiro-despachante, militar, desde sargento a tenente-coronel na Força Aérea, disse presente na guerra colonial, e foi presidente do Sporting de Tomar e do Rotary Clube do Entroncamento. É ainda hoje, aos 89 anos, um ativo advogado de barra, solicitador, agricultor, membro de alguns clubes − e espera prosseguir estudos.

Nasceu em 1931 na remota freguesia de Rosais, no concelho açoriano de Velas, ilha de São Jorge, e passou boa parte da infância na ainda mais remota ilha do Corvo. O isolamento que a ilha proporcionava fê-lo sonhar, e hoje, 89 anos depois, continua a fazê-lo, a criar missões, a desafiar projetos e a alimentar ideias. Acredita que é assim que se vive. Pelo meio, sente-se o rasto de uma vida intensa e nunca saciada, vivida com compromisso e muita coragem. (...)

Reitera a divisa rotária “Dar de si, sem pensar em si”, sublinhando que o espírito rotário é o do humanismo. E do Sporting de Tomar recorda a competência “do senhor Perfeito, do José Alberto e de outros dirigentes” que o acompanharam, e o episódio de um adepto mais entusiasta que um certo dia − ou melhor, numa certa noite −, às quatro horas da madrugada, e sem qualquer autorização superior, fez rebentar dois morteiros, que acordaram toda a cidade de Tomar, e levou alguns tomarenses a telefonar à polícia para saber se tinha rebentado alguma guerra. Que não, o que tinha acontecido era um adepto estar eufórico porque o seu clube acabara de adquirir um… autocarro.

Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.