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04 MAI 2021
REPORTAGEM | "Sem Rasto"
Por Jornal Abarca

Anualmente desaparecem milhares de crianças em Portugal, algumas sem regressar. Recordamos três histórias ainda sem um ponto final: os casos de Rui Pedro, Cláudia e Sofia. Com a ajuda de Teresa Paula Marques, psicóloga clínica, tentamos entender como se faz o luto de uma história inacabada.

 

A 25 de Maio assinala-se o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas. Em 2019, em Portugal, desapareceram cerca de 1400 crianças, sendo que a grande maioria está relacionada com fugas de adolescentes, sobretudo de instituições, e que reaparecem pouco tempo depois. Ainda assim, há casos que nunca ficam resolvidos e instala-se a incerteza. O rapto de menores para introdução em redes de exploração sexual é ainda uma das mais fortes causas de desaparecimento de crianças. (...)

Teresa Paula Marques explica que “para haver luto habitualmente passa-se por pelo menos quatro fases: negação, raiva, depressão e aceitação”, sendo que nestes casos o luto fica suspenso porque não há um fim: “Necessitamos de ver o fim, daí existirem todos os cerimoniais, como o velório que é a despedida. Por muita dor que cause, é importante ver-se o fim para se fazer o luto. Quando não existe esta despedida há pessoas que entram em negação, por vezes o resto da vida, que é o que acontece nestes casos”. (...)

A psicóloga não é alheia à dor de Filomena: “A mãe do Rui Pedro é o espelho do sofrimento. Admiro imenso esta senhora, é algo que me dói profundamente”. Ainda assim, considera que “é muito difícil reverter aquela situação, já são muitos anos. Mesmo que o Rui Pedro aparecesse, por algum motivo, ele não seria o mesmo de há 23 anos. A dor e o sofrimento dela continuariam. Virávamos esta página, mas passávamos para outras. Entraria a tentativa desesperada de perceber o que lhe tinha acontecido, de que ele se lembrasse deles, de que soubesse tudo o que eles tinham feito para o encontrar... é uma situação sem solução”, lamenta. “É uma prisão perpétua, uma coisa absolutamente terrível”. (...)

Poderá ler a reportagem completa na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.

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