Arista, longe de ser gralha ou lapso de escrita, era o termo por que eram conhecidos nos primeiros anos do século XX as pessoas que, seduzidas pelo ar puro e pelas vistas das paisagens oferecidas, procuravam a vila de Penacova para nela terem estadias mais ou menos longas.
Os aristas já têm todas as condições, um século depois do seu aparecimento, de regressarem às margens do Mondego, para os lados de Penacova, numa zona em que o rio, as suas margens, o Luso e a enigmática Mata Nacional do Buçaco reuniram os seus primores com mais quilates para os receber. Os aristas eram seres singulares, hoje desaparecidos e talvez até obsoletos, mas não pertencentes à linhagem dos delfos, gnomos ou minotauros. Mas tiveram o seu tempo. Hoje, o seu exemplo pode ser um pretexto para sairmos numa fuga de alguns dias até à região. (...)
Com a criação do Roteiro do Arista o município não pretende apenas recriar uma romagem da saudade, mas sobretudo desenvolver condições que, partindo do lastro do seu património histórico, e também dos bons ares garantidos pelas serras envolventes, tornem Penacova num local visitável e foco de desportos da natureza, e atividades radicais e de lazer. (...)
Viviam na instituição, com capacidade para acolher 150 crianças e dispunha dos melhores requisitos, petizes entre os quatro e os dez anos, embora, quando se justificasse, a sua estadia podia ser prolongada. Tinham muita atividade física, brincavam, passeavam (uma fila para as pequenas, outra para os rapazes, ambas ordenadas pelas alturas, a começarem pelos mais baixos), e as meninas aprendiam a fazer bordados. Os dormitórios eram também separados, e divididos em alvéolos de paredes transparentes: o das “borboletas”, para os rapazes; o das “andorinhas”, para as meninas, e ainda o das “joaninhas”, para as crianças de mais tenra idade.
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