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01 MAI 2020
REPORTAGEM - Portugal é o ponto de encontro do mundo dos provérbios
Por Jornal Abarca
Se há algo a que é difícil resistir é deixar de citar um provérbio adequado quando as circunstâncias o põem a jeito.  Só em Portugal, o país-sede da Associação Internacional de Paremiologia, estima-se que haja cerca de 34 mil.
 
O provérbio é marcado tantas vezes pelas imagens e pela riqueza metafórica e polissémica de quem o produziu, quase sempre o povo, ou um dos seus, que logo lhe cedeu os direitos de autoria e sobretudo de uso. E “voz do povo, voz de Deus”. Mas o que é exatamente este género de literatura tradicional que vai da sabedoria complacente ao sarcasmo mais astuto? “Um provérbio é uma expressão difícil de definir, sobretudo se procuramos ser exatos. Sobre isso os maiores paremiólogos mundiais ainda não se entendem. Muitos deles são também folcloristas e julgam que o provérbio é um espelho da experiência de vida de um povo”, afirma Rui João Baptista Soares, presidente da AIP-IAP desde 2010. (...)
 
Eram eles, o luar, o Setestrelo e o Almanaque Borda d’Água que davam abrigo e punham ordem na incerteza do mundo rústico e analfabeto que era o país. No dia a dia ou a médio e longo prazos era o saber resumido, engenhoso e providencial das expressões proverbiais agrícolas que orientava as sementeiras, as podas, as ceifas ou as vindimas. “A água de janeiro vale por dinheiro”; “janeiro molhado, se não cria pão, cria gado”; “Em fevereiro chuva, em agosto uva”; “Neve de fevereiro, presságio de mau celeiro”; “A chuva de São João, bebe o vinho e come o pão”; “Outubro quente traz o diabo no ventre”; “Lua nova trovejada, trinta dias é molhada”; “Vento suão: chuva na mão”; “Céu pardacento: ou chuva ou vento” – a lista seria virtualmente interminável, e corresponde (ou correspondia) às ansiedades de quem precisa de saber interpretar os sinais para as opções de cada dia.
 
Poderá ler o resto da reportagem na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.
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