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16 DEZ 2025
DOÇARIA | 12 áreas em que a influência estrangeira moldou Portugal
Por Jornal Abarca
Foto: DR
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A globalização não é coisa nova para os portugueses. São imensos os exemplos de multiculturalidade que influenciaram as nossas raízes ao longo dos séculos. Hoje querem servir o resultado dessas misturas como “portugalidade”, como se isso fosse algo cristalino nunca afectado por outros cunhos. A verdade é que somos o mundo que nos habita, inclusive das comunidades imigrantes que pisaram o nosso solo.

A ideia para este trabalho surgiu com o tema de capa da edição de Setembro: a forma como a Bola de Berlim se tornou um ícone da doçaria nacional portuguesa. Essa foi, na verdade, uma importação de refugiados judeus que chegaram a Portugal em 1935 e, como forma de sobrevivência, começaram a produzir e vender uns bolos parecidos com as típicas Berliner alemãs.

Também o Bolo-Rei chegou até nós pelas mãos de imigrantes. A receita foi trazida pelo chef pasteleiro Grégoire, que Baltasar Rodrigues Castanheiro Júnior, dono da renomeada “Confeitaria Nacional” foi buscar a Toulouse em 1875. A aposta revelou-se certeira pois não só o bolo é hoje indispensável nas mesas de natal dos portugueses, como ajudou a cimentar o nome da pastelaria como uma das mais importantes em Lisboa.

Uma curiosidade que muitos desconhecem é que, após a proclamação da República, a 5 de Outubro de 1910, o bolo-rei ficou em risco por causa do nome, o que levou os produtores a procurar outra designação: a Confeitaria Nacional chamou-lhe "Bolo Nacional", e muitos utilizaram a designação de "Bolo de Natal". Alguns republicanos mais fervorosos apelidaram-no de “Bolo Presidente", "Bolo Republicano" ou até "Bolo Arriaga", em homenagem a Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da República portuguesa. Ainda assim, o nome original haveria de sobreviver.

Pode ler o artigo completo na edição de Dezembro do Jornal Abarca.

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