A globalização não é coisa nova para os portugueses. São imensos os exemplos de multiculturalidade que influenciaram as nossas raízes ao longo dos séculos. Hoje querem servir o resultado dessas misturas como “portugalidade”, como se isso fosse algo cristalino nunca afectado por outros cunhos. A verdade é que somos o mundo que nos habita, inclusive das comunidades imigrantes que pisaram o nosso solo.
A influência de Calouste Gulbenkian é tão ampla que a sua inclusão nesta categoria é redutora. Nascido na Turquia, chegou a Portugal em 1942, durante a II Guerra Mundial, e por cá ficou até morrer em 1955. No testamento, deixou a vasta fortuna para a criação da Fundação Calouste Gulbenkian, com sede em Lisboa, com o objectivo de beneficiar a humanidade promovendo áreas como a cultura, a ciência, a educação e a acção social.
O astrolábio revolucionou os Descobrimentos ao tornar a navegação mais segura e precisa, facilitando a exploração de novos mares e terras, permitindo rotas mais ambiciosas e afastadas da costa. Os árabes aperfeiçoaram este instrumento complexo e introduziram-no na Península Ibérica. Em Lisboa, o astrolábio foi modernizado, especialmente por Abraão Zacuto, judeu espanhol radicado em Portugal, que desenvolveu uma versão de metal.
Pode ler o artigo completo na edição de Dezembro do Jornal Abarca.