Home »
01 ABR 2008
FRANCISCO BARÃO, TREINADOR: ENFRENTAR TODOS OS DESAFIOS
Por GRÁCIO DOS SANTOS

 

Francisco Barão, técnico do Eléctrico assegurou, para já, a manutenção na 2.ª Divisão Nacional. No final da 1.ª fase, classificou o clube na 3.ª posição

 

Chegou, viu e venceu. Chegou a Ponte de Sor viu a matéria humana de que dispunha, moldou-a à sua maneira, com engenho e arte e garantiu o compromisso que assumiu com o clube: a manutenção na 2.ª Divisão. Francisco Barão diz-se preparado para enfrentar todos os desafios, inclusive ser técnico da selecção nacional.

Terminou a 1.ª fase do campeonato e o objectivo principal foi alcançado...

É muito importante afirmá-lo mais uma vez. Quando fui convidado para vir treinar o Eléctrico, no primeiro jantar que tive com o presidente do clube, falámos dos objectivos a alcançar. Ficou esclarecido que era a manutenção e confirmar o Eléctrico como equipa de 2.ª Divisão. O que me foi pedido está alcançado, com muito mérito de toda a gente ligada à equipa... Todo o Eléctrico está de parabéns. É o cimentar do clube na 2.ª divisão.

Em Ponte de Sor, já se sonha com a subida à Divisão de Honra...

Acredito que o pensamento das pessoas ligadas ao Eléctrico - direcção, técnicos, jogadores e sócios - seja ver o clube a jogar na Divisão de Honra. As pessoas responsáveis pelo concelho apostam no desporto e vejo com bons olhos a possibilidade de discutirmos a subida à Divisão de Honra. Acredito que possa ser já este ano.

O clube e a cidade terão condições para a manutenção nessa Divisão?

Penso que sim. Disputar a Liga de honra só valorizaria o clube, a terra, a autarquia. Com os apoios que o clube receberia e com os subsídios a que teria direito, até seria benéfico o Eléctrico ir à Liga de Honra, nem que fosse só por uma época...

Antes de vir para Ponte de Sor, conhecia o Eléctrico?

Não conhecia este Eléctrico. E, para além de admirado, fiquei muito satisfeito com as condições de trabalho que vim encontrar. Em Ponte de Sor, há grandes condições para se trabalhar com dignidade.

Sabemos que é um treinador ambicioso. Ainda pensa chegar à 1.ª Liga?

Acima de tudo sou um profissional do futebol. Quero e desejo, sempre, ter trabalho. Além disso, sou um treinador com ambição. Recordo-lhe que na primeira entrevista que dei, como treinador, afirmei que, como técnico de futebol o máximo que se poderá atingir em Portugal é ser treinador da selecção nacional. É para isso que trabalho. Estou preparado para enfrentar todos os desafios e ser técnico da selecção nacional é um deles.

Gostaria de continuar em Ponte de Sor? Já foi abordado nesse sentido?

Ainda não fui contactado para continuar, mas também não estou preocupado, ainda é cedo. Mas respondendo concretamente à sua pergunta, digo-lhe que me sinto muito bem nesta cidade e gostaria de continuar a desenvolver este projecto que abracei.

Enquanto jogador conheceu alguns treinadores. Com quem aprendeu?

Na vida estamos sempre a aprender. Aprendi como jogador, como treinador-adjunto e continuo a aprender.  Naturalmente, há treinadores que me marcaram: MacAllison, no Sporting, pela liberdade que dava e responsabilidade que impunha, Manuel José, pela sua visão de jogo, e Manuel Cajuda, que trato por “tio”, pelo espírito de comando. Depois de beber algo destes treinadores, coloquei o meu cunho pessoal, pelo que poderei dizer que há 80 por cento meu e 20% do que aprendi com outros.

Além de ser o técnico principal da equipa senior é também o coordenador do futebol juvenil. Que análise faz do futebol de formação do Eléctrico?

Agradou-me bastante esse convite. O meu trabalho de coordenador do futebol juvenil do Eléctrico tem sido muito agradável e algo facilitado, porquanto no clube se criou um elo de ligação entre mim e o futebol jovem. Esse elo de ligação é o Emanuel Baleizão, técnico da equipa de juniores. Fazemos reuniões periódicas com todos os treinadores do futebol juvenil e tudo tem sido muito facilitado devido ao excelente trabalho desenvolvido pelo Emanuel Baleizão. A minha posição de coordenador tem mais que ver com o transmitir de opiniões e conselhos aos técnicos dos vários escalões. No futebol jovem do Eléctrico poderei dizer que há muitas promessas, as quais daqui a alguns anos, depois de bem trabalhadas, poderão ser muito importantes na equipa senior do Eléctrico. 

 

PERCURSO

Com 50 anos de idade e 20 de treinador, Francisco Barão começou a carreira de treinador no Portimonense, como adjunto de José Torres e de Manuel Cajuda. O Oriental foi a 1.ª equipa que dirigiu como treinador principal, seguiu-se Samora Correia, Portosantense, Camacha, Machico, Caniçal, Juventude de Évora, Estrela de Portalegre, Elvas, Caldas, Espinho e Odivelas, entre outros.

Como jogador, iniciou-se nos Juvenis do Prior Velho, tendo depois representado o Sporting Club de Portugal, dos 15 aos 26 anos, onde foi campeão nacional de juniores e de seniores, nas épocas de 78/79 e 81/82. Envergou as cores do Portimonense, durante cinco épocas, até que uma arreliadora lesão o afastou, prematuramente, dos relvados. Como jogador ganhou, ainda, duas Taças de Portugal e foi 12 vezes internacional “Esperanças”.

Como técnico subiu de divisão com o Oriental, Estrela de Portalegre, Camacha, Elvas e Machico, todos na 2.ª divisão nacional e Sporting de Espinho na Liga de Honra. Enquanto esteve no Portosantense, Barão conquistou a Taça da Madeira, facto inédito na história do clube.

(0) Comentários
Escrever um Comentário
Nome (*)

Email (*) (não será divulgado)

Website

Comentário

Verificação
Autorizo que este comentário seja publicado



Comentários

PUB
crónicas remando
PUB
CONSULTAS ONLINE
Interessa-se pela política local?
Sim
Não
© 2011 Jornal Abarca , todos os direitos reservados | Mapa do site | Quem Somos | Estatuto Editorial | Editora | Ficha Técnica | Desenvolvimento e Design