Preside à junta de Freguesia de Ponte de Sor desde 1990 e afirma que tenciona recandidatar-se ao cargo em 2009, mas não quer ficar por aqui. No alvo das suas intenções está a liderança da câmara
Francisco Alexandre (PS), 49 anos, contabilista de profissão e presidente da Assembleia Geral do Eléctrico Futebol Club, gosta de ser o representante da população da sua freguesia e o elo com a câmara municipal.
“A Junta é a autarquia que está mais próxima da população. Qualquer necessidade, por norma, é apresentada, em primeiro lugar, à junta”, diz o autarca.
Com uma população de cerca de 10.000 habitantes e uma área de 17.042 hectares, a freguesia de Ponte de Sor tem como principais actividades económicas a indústria de componentes mecânicos, construção civil, indústria de cortiça (actualmente é o maior entreposto de cortiça do país), agro-indústria, agricultura e pecuária.
O anunciado encerramento da Delphi, fábrica de componentes para automóveis e o maior empregador do distrito de Portalegre, constitui um rude golpe para a população: “É uma catástrofe muito grande para Ponte de Sor. Já há algum tempo que se falava no encerramento da fábrica, mas pensava-se que não fosse para já. O fecho desta unidade industrial representa, a todos os níveis, um grande prejuízo, não só para a freguesia, como para o próprio concelho e até para outros municípios vizinhos”.
Com um orçamento de 304.000 euros, 182.000 dos quais vêm directamente do Orçamento de Estado 182.000 euros, o maior projecto da junta de Ponte de Sor é a construção de uma sede: “A junta funciona em instalações da Câmara Municipal e entendemos que devemos ter uma sede própria”, afirma o autarca.
A última obra de vulto da responsabilidade da junta foi a construção de uma casa mortuária na Ervideira, no valor de 50.000. “Para além disso há aquelas obras de menor dimensão, tais como, arranjos em arruamentos, espaços verdes, recuperação de fontenários”.
O apoio às associações e a famílias carenciadas da freguesia são outros dos investimentos desta autarquia: “Apoiamos diversas associações, tanto recreativas como culturais e desportivas. Fornecemos transportes a essas associações, quando necessário. Noutro âmbito, apoiamos pessoas carenciadas, por exemplo, na reparação das suas casas, além de darmos alguma ajuda aos Bombeiros Voluntários, CRIPS e Associação Caminhar”.
Francisco Alexandre, que também é pescador e caçador, tenciona candidatar-se a um sexto mandato como presidente de junta, mas pensa ir mais longe: “Um dia poderei vir a candidatar-me a presidente da Câmara. Mas esse processo terá de passar sempre pelo seio do Partido que represento (PS). O Partido é que terá a decisão final. Em democracia as coisas funcionam assim”, conclui.