Em conferência de imprensa, realizada no dia 22, Nelson de Carvalho, ex-presidente da Câmara Municipal de Abrantes, repudia liminarmente que o convite feito por Alexandre Alves, e por si aceite, para trabalhar no mega investimento RPP Solar, envolva qualquer tipo de favorecimento

A notícia foi veiculada pelo Correio da Manhã, no sábado, dia 19, e fez capa sob o título “‘Barão Vermelho’[Alexandre Alves] premeia ex-autarca”. O CM alude ao impedimento legal “expresso” na Lei 64/93 - 26/Agosto que diz que os ‘titulares de cargos políticos não podem exercer, pelo período de três anos contado da data da cessação das respectivas funções, cargos em empresas privadas que prossigam actividades no sector por eles directamente tutelado(…)”.

Nelson Carvalho considera que não tutelou nenhum sector ligado à energia ou à economia: “Enquanto presidente
da câmara, acompanhado pela Câmara e a Assembleia Municipal tentei e empenhei-me para trazer para o concelho este grande investimento, com uma quantidade muito substancial de empregos, que foi requisitado por outros concelhos, nomeadamente Santarém e Rio Maior.

Conseguimos que viesse para Abrantes e ainda bem pelo número de postos de trabalho que cria, pelo sector em que trabalha”, afirmou o ex-presidente.

Por outro lado, frisa que o procedimento tido com a RPP foi o mesmo que foi seguido para a criação de várias zonas industriais do concelho. “Somos um concelho do interior temos de ter capacidade de atrair novos  investimentos, vendendo os terrenos a preços simbólicos”.

Refere, por último que o convite está aceite e que não vê que haja qualquer impedimento: “A minha opinião está sustentada na opinião de alguns juristas, mas mesmo que houvesse impedimento a sanção que me seria imposta era de não poder exercer qualquer cargo na administração pública, o que de facto já não me interessa. Vou trabalhar numa empresa privada”.

Em sua opinião trata-se de um trabalho muito aliciante, numa área muito aliciante que são as energias renováveis.