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01 JUL 2007
FÉRIAS NA REGIÃO
ACORDAR AO SOM DOS PÁSSAROS
Por MARGARIDA TRINCÃO

 

Meta-se no carro. Siga as indicações de turismo em espaço rural, de habitação ou estalagem e irá descobrir verdadeiras maravilhas. Com algum poder de compra – menos do que uns dias na praia - pode passar um fim de semana inesquecível.

 

Fica à beira da estrada nacional 118, no concelho de Abrantes. Ao longe vê-se um torreão, mas quem passa perto não imagina o que os muros amarelos da Quinta de Coalhos (Pego) guardam.
A casa, construída no primeiro quartel do século XX, e os jardins envolventes são primorosamente cuidados para bem receber os visitantes. Isabel e José Alberty apostaram no turismo de habitação para conservar e transmitir às filhas um património que herdaram e querem que continue na família.
Bem perto, na Concavada, o “Monte Velho” engloba um conjunto de habitações térreas, em espaço amplo, a lembrar o Alentejo. Mas há mais. Seguindo a mesma estrada, Alvega, recebe-o com o seu solar.
Edificado no início do século XVII, pelo conde Caldeira de Mendanha, rival do Marquês de Pombal, o solar de Alvega, passou por várias famílias e esteve quase em ruínas. “Quando comprámos a casa, o telhado estava no chão”, conta Luiza Mallet, actual proprietária.
A conservação destes edifício cheios de história é um bem patrimonial da região e o país, mas os impedimentos burocráticos fazem quebrar o ânimo a quem quer salvaguardar estas riquezas construídas. “Mas o que é difícil aguça a vontade de combater”, referia Isabel Alberty.
A norte, a Estalagem Vale Manso, à beira da albufeira de Castelo do Bode é outro dos locais a ter em conta no concelho de Abrantes, que quer ter como um dos pólos de desenvolvimento a atracção turística.
Tomando outra rota e entrado pelo interior, no Sardoal não é só o turismo religioso da semana santa que pode ser apelativo. Apesar da oferta de alojamento ser reduzida, vale a pena percorrer as aldeias e numa curva da estrada encontrar novas ofertas de turismo em espaço rural. A Quinta de Arecês, junto à Barragem da Lapa, e a das Freiras, em Entrevinhas são disso exemplo. E já agora dê um salto à Rosa Mana, na ribeira da Presa, em Alcaravela. É só um espaço, mas vale a pena.
Na estação de Ortiga, concelho de Mação, João Carvalho comprou e adaptou a turismo rural a Casa da Tejada, porque quando as margens não conseguiam conter a fúria das águas, as cheias – tejadas – chegavam à linha férrea.
Caminhe para o norte alentejano. Pare em Belver (Gavião) e tem mais espaços rurais onde pernoitar. Em frente ao Alamal, a meia encosta, a Casa Covão da Abitureira, recuperado pelo italiano Giorgio Formica que se apaixonou pelo local, é uma boa escolha. Ou pouco mais acima, a Quinta de Bel-Ver pode ser outra das opções.
Descendo o Tejo, pare em Constância e pernoite na Quinta de Santa Bárbara. O solar data do séc. XV e pertenceu a D. Francisco Sampayo e Mello amigo de Camões. Três séculos depois era propriedade dos padres Jesuítas que ali viveram até 1759.
Por último, nesta primeira edição do ROTEIRO DA REGIÃO, visite o concelho da Barquinha e descubra numa das suas freguesias, a Atalaia, a Casa do Patriarca.

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