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01 ABR 2007
ARTUR GUEIFÃO: POETA DA PEDRA
Por SILVINO NUNES

 

O património cultural de Belver foi enriquecido com a oferta ao Centro Social Belverense, da colecção de miniaturas de trabalhos em pedra, de Artur Gueifão, um filho da terra.

 

“Como quem escreve um livro”, Artur Gueifão talhou na pedra todas as palavras com que “descreve as emoções” e o mundo da sua contemplação. Das suas mãos saem miniaturas em pedra. Na tarde de 17 de Março, o autor ofereceu as suas obras ao Centro Social Belverense, em Belver, onde estão expostas no Centro Comunitário, e são pertença das gentes desta freguesia do concelho de Gavião.

Artur Gueifão contou que a ideia lhe surgiu na sequência das várias exposições que tem feito. Como não pretende vender as peças, resolveu oferecê-las à freguesia onde nasceu. “Gosto das pedras e também das suas formas geométricas, das suas cores e de lhes dar vida”, disse. Descobriu esta vocação de “poeta da pedra” quando um dia o coração o surpreendeu com um aviso. Actualmente não dispensa as pedras com que “respira a sua arte e escreve a maneira diferente de olhar para o mundo e para a vida”.

Natural da aldeia de Furtado, Artur Gueifão, marinheiro de profissão, apela para “a necessidade” de se desenvolver as zonas do interior, “criando motivos para que as pessoas se desloquem”, para lá, nomeadamente, através da criação de emprego, de roteiros turísticos e de publicidade da beleza dessas mesmas regiões. Na sua opinião, “uma das primeiras medidas a tomar será o fomento e incremento do turismo”. Infelizmente, concluiu, “para esta zona pouco mais há a fazer”.

Entre as miniaturas, podem observar-se algum do património da região e não só, como a ponte romana de três arcos; um lagar de azeite; o aqueduto de arcos duplos; a anta/túmulo; a Fonte de Chafurdo e a Fonte de chafurdo em rocha; o brasão da Ordem dos Hospitalares; a ponte romana de 1 arco; o castelo medieval; a eira e o palheiro; uma horta com picota; um túmulo em pirâmide; a porta de entrada em muralha; um forno de cozer telha e outro de pão; um farol de costa; casas alentejanas; um chafariz ou um moinho de água.

Para futuro, a aposta ainda mais em trabalhos sobre a freguesia que o viu nascer.

Alberto Paisana Faria, presidente do Centro Social Belverense, não escondeu o quanto estava “orgulhoso” por receber as obras, as quais passam “a integrar o património da instituição e da comunidade da freguesia”, feitas por “um filho da terra”. Portanto, “uma mais valia que passará a fazer parte do roteiro turístico do concelho”. 

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