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01 NOV 2009
CINCO A ZERO
Por ABARCA

 

Se a Feira do Cavalo na Golegã é única e a rainha das feiras, os resultados autárquicos para a câmara deste munícipio também foram únicos no país. O executivo goleganense é formado por cinco vereadores da mesma cor política, no caso o PS.

 

Cinco a zero mais parece o resultado de um qualquer jogo desportivo, mas no caso foi o ditame do escrutínio eleitoral das autárquicas de 11 de Outubro. O PS elegeu cinco vereadores, num executivo de cinco elementos, ao qual concorreram mais quatro listas: PSD, CDS, CDU e GIGA – Grupo Independente Golegã e Azinhaga.

“Não estava à espera de eleger cinco vereadores, já tinha tido uma percentagem de votos muito idêntica e elegi quatro vereadores”, diz Veiga Maltez.

Para o autarca, sendo a Golegã o único executivo monocolor “vamos ser muito observados. Os cinco a zero ficam para a história, mas requerem muito cuidado na governação. Podemos ser utilizados como referência ou exemplo e gostaria que fossemos um bom exemplo”.

Apesar de, desde há muito, ser um defensor de que tal como no Governo “quem ganha a Câmara deve governar”, ou seja o partido mais votado deveria escolher o seu executivo, Veiga Maltez afirma que gosta “imenso do debate”, mas: “Nunca senti que as várias vozes discordantes me tivessem incentivado em algum projecto e tenha pena que isso não tivesse acontecido, para melhorar o concelho”. Ressalva no entanto o trabalho do vereador do PSD, Carlos Simões, no anterior executivo.

Para Veiga Maltez, tal como para mais 190 presidentes de câmara do país, este será o último mandato, uma situação que não lhe causa problemas dado que já “tinha interiorizado esse facto”.

Em 2013, gostaria que Rui Medinas, vice-presidente há dois mandatos, ocupasse o lugar da presidência: “É natural que o sucessor seja o vice-presidente, os próprios munícipes quando elegem as pessoas para a vereação é natural que seja para aprenderem e para criarem novas boas condições e que continuem os projectos”.

Uma coisa é certa, presentemente, Veiga Maltez não tenciona exercer mais nenhum cargo autárquico na Golegã ou noutro concelho: “Noutro concelho seria incapaz, porque não o sinto, e não me vejo a candidatar-me à Assembleia Municipal, acho que não tenho muito feitio para ser presidente da Assembleia Municipal”.

Gostaria mais que o seu futuro passasse por um cargo ligado à saúde ou ao turismo.

“A saúde ou o turismo acho que seria melhor, mas não faço vaticínios. Eu sou um corredor de 100m, não sou um corredor de fundo, gosto de ver as coisas resolvidas no imediato. Não me sinto político e seria incapaz de fazer o que fez Paulo Fonseca, por exemplo, concorreu várias vezes à câmara de Ourém. Admiro essas pessoas, mas não sou capaz. Eu sou um médico autarca. E ser médico ou presidente da câmara tem muitas semelhanças, ninguém vai ao médico porque está bem, ninguém vem falar com o presidente da câmara porque está tudo bem. É a mesma coisa, de um lado é a saúde, do outro o buraco na estrada, o muro do vizinho…”

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