“Fonte dos Garfos 2005” é a primeira marca comercializada pela Quinta da Fonte dos Garfos, no Gavião. A produção de 2006 é lançada em Outubro.

A Quinta Fonte dos Garfos, em Gavião, lança, pela primeira vez, o seu vinho, cuja produção é de 2005. Estão sete mil garrafas no mercado com a marca “Fonte dos Garfos 2005”, assim como se está também a comercializar uma parte deste produto em bag in box. “Cerca de um terço do vinho já está vendido”, declara Nuno Megre, responsável pela quinta. Em Outubro, sairá a produção de 2006.

“Quando cá chegámos, dizia-se no Gavião que era aqui a melhor vinha”. Assim, em 2003, foram plantadas as castas syrah, touriga nacional e trincadeira, compondo 8,5 hectares de vinha. A primeira vindima foi em 2005.

Já em 2006, produziram-se cerca de 20 mil litros. Aproximadamente 2250 litros, compostos por touriga nacional e um toque de syrah, estagiam em madeira, estando já algum vinho engarrafado. Outra parte, composta por trincadeira e syrah está em bag in box de cinco litros. Na altura, foi ainda vendida a granel uma quantidade razoável.

Para este ano, prevê-se uma produção na ordem dos 35 mil litros, estando já uma boa percentagem vendida “para uma pessoa que quer um produto de uva boa que lhe dê alguma garantia de que saia um vinho bom”.

Surpreendido com a procura do vinho, Nuno Megre revela também que, em 2006 se venderam, de imediato, cinco mil litros. “Um enólogo entusiasmou-se com o vinho, achou que merecia madeira e que valia a pena investir”.

O responsável adianta que os melhores vinhos são colocados em madeira, ou em aparas. Têm um tratamento
mais cuidado com uma maturação longa, sendo, posteriormente, engarrafados. “Geralmente, o vinho em garrafa é de melhor qualidade”. É um vinho que ao início se “apresenta melhor” e que, através das análises, dá mais garantias de poder evoluir excelentemente em garrafa. O vinho em bag in box é para se vender de imediato e é para ser consumido rapidamente. Sendo mais comercial, sai com maior facilidade.

A garrafa custa quatro euros, a caixa de seis custa 20 e a cada cinco caixas, vendidas por 100 euros, é oferecida mais uma ao cliente. O bag in box, custa 10 euros e, seguindo a mesma política, o cliente ao comprar três, por 30 euros, leva outro de oferta.

Relativamente, ao mercado abrangido, para já, a aposta vai para a região. “Primeiro é preciso equilibrar as contas e perceber a qualidade do vinho”, diz Nuno Megre. O responsável refere que, nos primeiros anos, a situação financeira de um negócio não é lucrativa, portanto, o vinho não pode ser todo colocado em madeira a fazer estágio. No entanto, “quando tem maior qualidade apostamos, mas também temos que pensar na tesouraria e ter receitas anuais”. É esta a filosofia, ou seja, rentabilizar a vinha, o único investimento realizado. A manutenção das vinhas é efectuada por uma empresa contratada e toda a restante produção é igualmente executada através da prestação
de serviços. “Estamos na fase inicial de um projecto, estamos a aprender”.