Nascido e criado em Gavião, Armindo Chambel desde tenra idade começou a privar com a zona do Alamal, hoje praia fluvial com Bandeira Azul hasteada, o maior galardão em termos de qualidade, não só das suas águas como das várias envolventes ligadas à segurança, à ludicidade, ao ambiente e à sua divulgação e preservação, ao acesso incondicional a portadores de deficiência… depois da idade dos primeiras aventuras, por terras e praias do Alamal, Armindo Chambel fez-se à vida adulta ingressando na CP, onde trabalhou como profissional durante oito anos. Foi a primeira vez que deixou a terra onde se fez homem, primeiro na Linha da Beira Baixa, depois no Rossio, de Lisboa, e mais tarde, na estação da Amadora, com factor de segunda. “Aí surgiu a oportunidade para ir trabalhar para um banco”, contou ao Abarca. Esteve por lá, numa dependência bancária de Lisboa, 32 longos anos. Até à idade da reforma…”Assim que me reformei, e por feliz coincidência a minha esposa também se reformou na altura, voltei para o Gavião onde acabei por comprar a Quinta da Côca”, conta ao nosso jornal o pai da conhecida actriz gavionense Carla Chambel. “A quinta é um orgulho para nós e também é com orgulho que vejo que as pessoas de Gavião olham para a Carla como uma pessoa muito querida – já foi madrinha de uma prova de canoagem dos bombeiros da terra e apoia o grupo de teatro da Universidade da Terceira Idade com os seus conhecimentos, apesar do pouco tempo disponível”, conta, embevecido. “”É que ela foi mãe há pouco tempo e a vida profissional e pessoal também não lhe dá muito mais tempo disponível”, justifica este gavionense, que ultimamente faz com mais regularidade o percurso Gavião – Lisboa. Para Armindo Chambel, a praia fluvial do Alamal é local de “poiso certo” aos sábados e domingos ao fim de tarde, para “uns banhos e uma cervejinha fresca”. Segundo afiança, “é um local imprescindível para recarregar baterias”.
“Eu até comparo o Alamal a uma Sintra em ponto pequeno, pela frescura daquele vale que vai até à fonte do lagarto. Mesmo com temperaturas de 40 graus, quando entramos no verde vale e levamos a água à boca até arrepiados ficamos”, afiança este gavionense que só lamenta que a pousada do Inatel, ali instalada, não seja explorada de forma permanente. “É que, à noite, aquilo fica um bocado isolado”.