31% da área de influência do jornal Abarca (350100 hectares) foi fustigada por incêndios entre 2001 e 2010. 2003 e 2005 foram os anos mais afectados registando-se 93% da área total ardida durante os últimos dez anos (110184 ha).
Segundo os dados disponibilizados pela Autoridade Florestal Nacional, em alguns concelhos, o somatório da área ardida chega mesmo a atingir mais de metade da própria área territorial. São os casos de Vila de Rei (75%), Mação (56%), Gavião (53%) e Sardoal (51%).
Ainda relativamente à área ardida, maioritariamente florestal, seguem-se os concelhos de Chamusca (32%), Abrantes (31%), Vila Nova da Barquinha (23%), Constância (18%), Ponte de Sor (5%), Golegã (1%) e Entroncamento (0,2%).
Embora o maior número de ocorrências (301) se tenha registado em 2001, foi em 2003 que o fogo lavrou a maior área (88541 ha), o que corresponde a 80% da área total ardida entre 2001 e 2010. Tendo apenas em conta valores acima dos 5000 ha, na memória ficam os incêndios que consumiram 21897 ha em Ulme, 14424 ha em Belver, 11990 ha na Fundada, 6358 ha em Envendos e 5900 ha em São Miguel do Rio Torto. Ao todo, 60539 ha, 68% do total registado no ano de 2003. Destaca-se ainda o ano de 2005 com 14080 ha de área ardida, 6694 ha dos quais na freguesia de Fontes.
Com algumas oscilações, a área afectada pelos incêndios tem vindo a diminuir, sendo de 30 ha em 2010, menos 2038 que em 2001. O mesmo acontece com o número de ocorrências que em 2010 foram 81, o menor resgisto dos últimos dez anos. No total, e por concelho, Abrantes surge em primeiro lugar com 602 ocorrências registadas. Seguem-se Mação (207), Vila Nova da Barquinha (192), Chamusca (169), Ponte de Sor (152), Sardoal (130), Constância (123), Vila de Rei (98), Gavião (92), Entroncamento (41) e Golegã (34).
De sublinhar ainda o facto de não existir qualquer proporcionalidade entre a área ardida, o número de ocorrências ou a área territorial de cada concelho.

consultar

• Estatísticas por concelhos e freguesias entre 2001 e 2010