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03 ABR 2015
Golegã - PSD quer erradicar o uso de glifosato
Por Jornal Abarca

Tem sido prática comum e generalizada na maioria das autarquias portuguesas recorrer a herbicidas para o controlo e erradicação de infestantes no espaço urbano, nomeadamente em passeios e outras zonas de acesso pedonal público.

Destes herbicidas o mais usado é o glifosato. O glifosato (N-(fosfonometil) glicina, C3H8NO5P) é um herbicida sistémico não seletivo (mata qualquer tipo de planta) desenvolvido para matar ervas, principalmente perenes. É o ingrediente principal do Roundup, herbicida da Monsanto.

Muitas plantas geneticamente modificadas são simplesmente modificações genéticas para resistir ao glifosato. A Monsanto vende sementes dessas plantas com a marca RR (Roundup Ready). O herbicida é absorvido pelas folhas das plantas (não pelas suas raízes).

Da lista de herbicidas com princípio ativo glifosato com venda autorizada em Portugal, elaborada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária [1], são disponibilizadas as marcas comerciais classificadas como isentas (Is) relativamente à classificação toxicológica e avaliação de (Eco)toxicidade.

No entanto, é consensual que aplicar herbicidas em meio urbano, é expor pessoas e animais a produtos que lhes podem causar problemas de saúde. Repare-se que até uma grande instituição, como a empresa Estradas de Portugal S.A., mesmo fora dos aglomerados urbanos, como podemos verificar no nosso concelho, recorre exclusivamente ao uso de meios mecânicos para controlar a vegetação das bermas e valados que circundam as nossas estradas.

Em 2007, o vereador do PSD na Câmara da Golegã considerou de todo vantajosa “… a substituição da utilização da aplicação deste e qualquer outro herbicida para controlodas infestantes na área urbana, por um método mais amigo do ambiente e mais de acordo com o espírito dos tempos que vivemos, já utilizado noutras autarquias do País.

“O tempo veio dar-nos razão. Em março de 2015, 17 especialistas de 11 países reuniram-se na Agência Internacional de Pesquisa do Cancro (IARC, Lyon, França) da Organização Mundial de Saúde, para avaliar o potencial cancerígeno dos agrotóxicos organofosforados tetraclorvinfos, paratião, malatião, diazinão e do glifosato.

A própria OMS coloca o glifosato na lista de substâncias cancerígenas. Esta classificação significa que existem evidências suficientes de que o glifosato causa cancro em animais de laboratório e que existem também provas diretas para o mesmo efeito em seres humanos, embora mais limitadas.

Perante estas conclusões o PSD da Golegã propõe que a Câmara Municipal “suprima definitivamente o glifosato (em qualquer formulação) do seu procedimento de controle de infestantes”. Propõem ainda os social-democratas que a Câmara “demonstre de forma inequívoca a sua adesão a esta abordagem amiga do Ambiente e da saúde dos seus Munícipes, aderindo ao movimento “Autarquias sem Glifosato”, no âmbito da campanha contra o uso de herbicidas em espaços públicos. 

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