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10 MAI 2012
Os reflexos da crise
Por MARGARIDA TRINCÃO

Temos fama de ser um povo um pouco cinzentão e muitas vezes o fado foi ou é referido como o exemplo desse cinzentismo. Mas somos também um país de poetas e que, à beira do mar imenso, demos novos mundos ou mundo. Um país de aventureiros e corajosos que não temiam o desconhecido.
Situar-nos-emos um pouco entre os dois extremos. No entanto, a actual situação, o medo de perder o emprego, a casa, o sustento, reflecte-se nas expressões do dia a dia, na forma como encaramos o amanhã e no combate ou abatimento em relação a desesperança.
No cumprimento normal de um “bom dia como está?” Cada vez mais raramente a resposta é “está tudo bem”. O “vamos indo”, “bem não podemos estar” é muito mais frequente. Caminhamos cabisbaixos, interiorizando o nosso desespero perante uma situação que não sabemos controlar e os números avassaladores do desemprego, da entrada em insolvência da empresa onde se trabalha desde há muitos anos, na redução das parcas reformas, no desaparecimento dos subsídios de férias e Natal.
Estamos cada vez mais tristes e as patologias mentais agravam-se e aumentam. A nível do país damos testemunho, divulgados pela agência Lusa, de especialistas em saúde mental. Na região recolhemos a opinião de duas psicólogas clínicas – uma privada, outra do Sistema Nacional de Saúde - e da directora de serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Estudos científicos que concluam que o aumento do número de pacientes deriva directamente da crise, não existem. As opiniões baseiam-se na percepção de quem lida com a saúde mental e do aumento de casos. Por outro lado, o número de profissionais fica aquém do desejável.
Mas há mais opiniões. O sentir de gente anónima que o Abarca contactou. E a maior esperança veio de quem afirmou que a crise é só uma questão de grafia. Se o “s” cair a “crise” passa a “crie”.

Leia a análise completa na Edição 313 | 10 de Maio de 2012

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