O Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME) anunciou hoje a criação e instalação de uma nova unidade em Abrantes, uma estrutura vocacionada para apoio militar de emergência à proteção civil e a situações de catástrofe.
A unidade militar hoje anunciada - "robusta, multifacetada e polivalente" -, vem na sequência da publicação do novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN), e aponta para que a nova unidade se revista de uma capacidade mais estruturada em termos militares de emergência no apoio à proteção civil e em situações de calamidade.
Em declarações aos jornalistas no Quartel de S. Lourenço, em Abrantes, à margem das cerimónias comemorativas do Dia da Arma de Cavalaria e do 123º Aniversário da Escola Prática de Cavalaria (EPC), o General Artur Pina Monteiro disse que a unidade que ali vai ser criada será uma "unidade pivô, mais especializada em termos de capacidade instalada, e capaz de poder dar resposta oportuna ao exército e às populações", em situação de emergência.
"É uma nova unidade e vai ficar em Abrantes, numa localização central, que sempre foi de expectativa estratégica e vai continuar a ser", notou, tendo referido ainda "a proximidade de outros campos militares", nomeadamente em Tancos e Santa Margarida.
Questionado sobre a diminuição do número de militares e civis a trabalhar no Exército, no âmbito do documento enquadrador da reforma intitulado "Defesa 2020" e que prevê uma redução de efetivos, o CEME disse que o processo de ajustamento "será gradual", não quantificando a percentagem ou o número de militares envolvidos.
"Estamos a trabalhar nisso, em termos de dispositivo e reorganização das forças", respondeu.
O Comandante do Exército confirmou na cerimónia a passagem da EPC de Abrantes para a nova Escola das Armas, em Mafra, uma unidade que "vai polarizar o saber das cinco escolas" existentes no país, tendo perspetivado que o processo de implementação se inicie no último trimestre deste ano.
Pina Monteiro disse ainda que a Cavalaria "vai continuar a ter um papel determinante" no Exército como "uma das suas principais armas", tendo referido ser "intenção" que "continue" a ter as suas unidades em Braga, Estremoz e em Lisboa, no Regimento de Lanceiros, para além das unidades operacionais em Santa Margarida.