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26 MAI 2012
A caminho da insustentabilidade
Por SÓNIA PACHECO

CLIQUE E SAIBA O QUE PODERÁ ACONTECER EM 2021
NA REGIÃO ABARCA

 

Ainda menos população residente e muito poucos para cumprir a renovação geracional. Idosos e jovens mais dependentes do decrescido número de contribuintes. População activa insuficiente e taxas de desemprego elevadíssimas. Uma população mais envelhecida e uma região ainda mais insustentável. São as previsões para 2021 se a evolução dos últimos dez anos se repetir

Mas a situação agrava-se e os números revelam-se ainda mais preocupantes se à população activa, dos 15 aos 64 anos, subtrairmos os jovens até aos 25 anos, idade até à qual geralmente estudam, os desempregados, os reformados antecipadamente e as pessoas incapacitadas para exercer qualquer trabalho. A sociedade torna-se praticamente insustentável. Para além das reformas, a população activa empregada financia ainda abonos de família, subsídios, prestações e pensões sociais.
Soluções? Segundo as instâncias governamentais e europeias, passam pelo aumento de impostos, aumento das taxas contributivas, aumento do período mínimo da carreira contributiva, aumento da idade de reforma, elevada penalização das reformas antecipadas e elevada bonificação do adiamento da passagem à reforma, diminuição dos montantes das reformas, abonos, subsídios, prestações e pensões sociais...
Resultado: Se o envelhecimento demográfico permanecer, o esforço exigido aos contribuintes pelo agravamento de impostos ou de taxas contributivas e o corte de benefícios aos mais idosos e aos detentores de baixos ou nulos rendimentos serão sempre insuficientes e, de certa forma, até serão situações injustas para ambos os grupos. Se, por um lado, o esforço acaba por ser apenas para quem trabalha, por outro, os mais idosos já deram a sua contribuição à sociedade e é a sociedade que agora deve olhar por eles assim como deve olhar também pelos mais desprotegidos.
E então? Emprego e natalidade são, provavelmente, as palavras chave para um futuro sustentável. Aliam-se mais e melhores incentivos à natalidade a mais e melhores políticas de criação de postos de trabalho. Mais emprego traduz-se na diminuição de beneficiários de subsídios e prestações e significa maior estabilidade financeira para as famílias, mais poder de compra, mais crescimento económico e mais condições para deixar de adiar o nascimento do primeiro filho. Agora falta apenas descobrir a fórmula para acabar com o desemprego.
Na área de influência do jornal Abarca, em 2021, Mação será o concelho com menos população jovem e Vila de Rei terá a menor percentagem de população activa e a maior fatia de população idosa. Também Vila de Rei estará no topo da lista dos concelhos com maior dependência de idosos, maior dependência total (jovens e idosos) e menor sustentabilidade. A dependência de jovens mais elevada verificar-se-á em Constância e Gavião será o concelho com maior índice de envelhecimento. Em Ponte de Sor registar-se-á a maior taxa de desemprego.

Leia a análise completa na Edição 314 | 24 de Maio de 2012

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