A primeira pergunta, para introdução, teria de ser esta: acredita nas aparições de Fátima?

Não, senhor. Nunca acreditei e depois de todos os estudos que fiz como jornalista, muito menos. Aquilo é tudo uma montagem, um teatro. E acho que a existência de Fátima prejudica a própria igreja, além de prejudicar profundamente a humanidade.

 

Prejudica a Igreja na sua imagem ou mais além disso?

Porque tenta despertar uma fé em que coloca uma imagem, feita por um artesão, no lugar das pessoas e estimula as pessoas a rastejar perante essa imagem, o que é uma humilhação e uma degradação. E também estimula as pessoas a desfazerem-se dos seus poucos bens com prejuízo dos próprios e dos seus, para sustentar aquilo que é uma empresa multinacional religiosa.

 

Essa fé é nociva para os próprios fiéis?

Sim e dá uma imagem de uma igreja desumana, que gosta do sacrifício, como se o sofrimento fosse uma coisa boa. A fé que vem de Jesus é uma fé que luta contra o sofrimento.

 

Poderá ler o resto da entrevista na edição em papel do Jornal Abarca, disponível nos postos de venda habituais.