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02 OCT 2017
Serviço à Comunidade
Por Jornal Abarca

Desde há oito anos que o Rotary Clube de Abrantes, RCA, em parceria com a Unidade Militar aquartelada na cidade, leva a efeito o Curso de Liderança para jovens dos 17 aos 22 anos de idade. Até este ano 220 jovens frequentaram, com êxito, este curso.

Tudo começou em 2010 com a Escola Prática de Cavalaria, a que se seguiu o Núcleo Preparatório do Regimento de Apoio Militar de Emergência e, este ano, continuou com o Regimento de Apoio Militar de Emergência, RAME.

Como membro do RCA, tenho acompanhado de perto estes cursos, juntamente com toda a equipa de companheiros rotários que a eles se tem dedicado. Não posso, por isso, deixar de dar aqui testemunho do que tenho presenciado e do que tenho vivido com este tipo de formação que se procura transmitir aos jovens.

Não se pretende “fazer” líderes, procura-se que os jovens potenciem as capacidades que já possuem e que, muitas vezes, desconhecem ou admitem que possuem, mas não usam por qualquer razão ou pseudo-razão que é necessário desconstruir. Desenvolver a capacidade de ouvir, de trabalhar em grupo, de tomar decisões, de gerir conflitos, de gerir o stress, de saber como falar em público, de ultrapassar os seus próprios medos, de ultrapassar as suas “incapacidades”, de ir além daquilo que é habitual, de distinguir o Líder do Chefe, são alguns dos objectivos a atingir.

Hoje a sociedade, de um modo geral, tem em “má conta” a juventude. Nada mais errado!

Hoje, como há setenta anos, a formação da juventude é diferente do que foi a dos seus pais. A questão de “no meu tempo é que era..., agora a juventude tem tudo...” é uma falsa questão. Sempre foi assim! Quem não se lembra dos seus pais dizerem exactamente o mesmo que dizemos agora? O mundo evolui, não está parado, acompanhar a velocidade da evolução é difícil e, muitas vezes, não conseguimos acompanhá-la.

Primeiro testemunho:

A juventude de hoje como a de há setenta anos é generosa, é respeitadora, tem valores, pensa e está preocupada com o futuro que lhes vamos deixar, tem sede de conhecimento, sabe que tem necessidade de formação contínua para ser útil à comunidade, sabe que “os mais velhos” os não compreendem e que negativamente os criticam, sabe que para “vencer na vida” há que trabalhar, há que estar preparado para ir para onde for necessário, sabe que o “canudo” não é sinónimo de emprego fácil. Assim, quando são chamados a fazer formações deste tipo, preparação para a vida, aderem e querem sempre mais, pois, no fim de cada curso, o desejo é de que durasse mais dias. “Que pena já ter acabado”, ouve-se ao fim do último dia.

Será que nós adultos, pais, encarregados de educação, professores, comunidade em geral, estamos a fazer tudo o que é devido aos jovens que trouxemos ao mundo para serem felizes?

Segundo testemunho:

Como disse estes cursos desenvolvem-se em parceria com a Unidade Militar aquartelada em Abrantes. Actualmente, esperemos que por muitos anos, o Regimento de Apoio Militar de Emergência, é a Unidade que connosco colabora, em parceria. Para isso é nomeada, pelo seu Comandante, uma equipa multidisciplinar que acompanha os jovens 24 horas por dia, durante os seis dias de duração do curso que é realizado em regime de internato nas instalações do Regimento. Transportar para o papel tudo aquilo que esta equipa faz por estes jovens é tarefa sempre inglória porque não há capacidade para tudo relatar. A dedicação é total. Sabemos, os que fizemos serviço militar, que um militar está sempre disponível, é Líder, vai à frente, sempre! Os jovens dos nossos cursos apercebem-se disso e valorizam imenso essa atitude de disponibilidade e de liderança. Fica-lhes, para o resto da vida, esse modo de ser do militar. Assim o têm manifestado na cerimónia de encerramento na presença dos pais, familiares, formadores e convidados das entidades promotoras e colaboradoras.

Formar Jovens para o Futuro é missão de todos nós!

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